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Final Fantasy: The Spirits Within (2001)

Tarda mas não falha… Estamos aqui com a sugestão de animação da semana.


Produção animada em parceria entre estúdios dos Estados Unidos e do Japão, Final Fantasy é o primeiro longa metragem baseado na franquia de games de RPG de mesmo nome, o qual foi dirigido pelo próprio criador Hironobu Sakaguchi. Esse baseado é modo de dizer, inclusive, visto que ele ao meu ver, pouco lembra dos games, mas enfim…


O longa metragem animado narra a história da Terra do futuro, no ano de 2065 (logo aí, depois que o Brasil já sediou uma Copa e Olímpiada), onde nosso planeta, após a queda de um meteoro, foi infestado por alienígenas. Já que todos bem sabemos, a Terra sempre é visada por todos os seres interplanetários… Nessa realidade, existem “cidades barreiras”, as quais são seguras desses alienígenas que perambulam como fantasmas em nosso planeta, que parece a muito tempo, ter sido em boa parte devastado.

Nossos personagens são apresentados já em meio a uma missão de pesquisa, a qual a cientista Aki Ross está pesquisando alguma maneira de eximar essas criaturas. Ele esta na busca de 8 espíritos que, em sua pesquisa orientada pelo Dr. Sid, darão uma resposta para esse conflito. Ambos acreditam que a vida na Terra é originada de “GAIA”, o espírio maior do planeta. No entanto, o General Hein, acha que tudo isso é perda de tempo, um esteriótipo de militar, o qual pretende agir pontualmente na situação ulizando o canhão Zeus e atirando diretamente contra a cratera da queda do meteoro, onde originam-se os fantasmas. Ao decorrer da trama, Aki depara-se com um sonho repetitivo o qual ele consegue descobrir a real origem desses alienígenas, e respostas para sua pesquisa.


Numa visão geral, o filme possuí um roteiro propício a devaneios, a trama para uma game se encaixaria mais adequadamente onde vemos as vezes argumentos subjetivos que acabam sendo suficientes para o desenrolar da partida, assim: vilão sequestra a mocinha, você e seu amigo passam por 7 fases descendo o braço em punks mal encarados para salva-la e fim. Primeiramente, não encarem como uma ofensa, principalmente ao amigo vrenard responsável pelos posts de games – hehe. Apenas estou exemplificando a minha linha de raciocínio, hehe. Mas é mais ou menos por aí… A tentativa de abordarem o conflito sobre a espiritualidade humana, o lado científico e cético acabou deixando parte do filme confuso e com alguns buracos de explicação, como a origem da busca por exatamente 8 espíritos. Essa proposta reflixiva soa muito interessante, no entanto, é uma temática díficil de ser trabalhada e complicada de ser transmitida de uma maneira compreensiva ao público. A produção acaba tendo um destaque maior por ter sido a primeira a trabalhar com animação de humanos em CGI tendo o foco de fotorealismo, ou seja, desenvolver um visual digital que se assemelhasse ao máximo com a realidade. Desse modo, o trabalho ficou sendo base para muitos projetos posteriores. A produção ainda teve participação de nomes como Donald Sutherland, Steve Buscemi e Alec Baldwin na dublagem dos personagens Dr. Sid, Neil e Gray Edwards, respectivamente.


O filme é bom para se assistir com pipoca e guaraná, e seu lançamento em DVD especial é um pacote cheio aos amantes de produções em 3D, visto que temos o disco 2 repleto de extras, making of, a campanha de marketing, algo que realmente valoriza a aquisição e chega a ser grandioso pra listar. Conhecer o processo sempre é bastante enriquecedor, ainda mais para quem tem interesse de se projetar nesse meio. Hoje, em tempos de blu-ray caros (pelo menos no nosso país), o dvd duplo não deixa nem um pouco a desejar nesse sentido.

De resto é isso, Final Fantasy e os Espíritos Interiores por ter algumas brechas de produção, mas tecnológicamente é um precursor em inovação de técnicas de animação, o que valida estarmos comentando sobre ele, também. Ao meu ver, peca muito num único ponto: não tem chocobos. ¬¬’
Até pessoal, bom final de semana a todos.


***em tempo: acabei atrasando o post pois nos últimos dias estive participando da Semana Acadêmica de Design da UTFPR, “Algures 6” que teve como tema esse ano “Fique Rico ou Morra Tentando”, onde ministrei uma oficina de Stop-Motion. Para semana que vem voltamos com a programação normal. o/

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