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Selkirk, el verdadero Robinson Crusoe (2012)

Depois de um breve inverno, com o computador fora de atividade, retomando as indicações de animações. Para hoje comentaremos um pouco desse longa metragem argentino “Selkirk, El Verdadero Robinson Crusoe”.


Numa noite, em uma taberna de uma cidade portuária, encontramos alguns piratas comentando sobre a busca de um tesouro perdido, o qual muitos piratas já foram atrás mas nunca conseguem atravesar o temível Cabo de Hornos. Contudo, o jovem Selkirk possuí mapas que são seu trunfo para essa empreitada.


Após embriagar os diversos piratas que iriam embarcar no dia seguinte e consegue entrar no lugar de um deles, a bordo do navio pirata Esperanza, assim como o suspeito Pupi, que vem a se tornar o cozinheiro da embarcação. Sob o comando do terrível Capitão Bullock, o navio parte rumo a muitos dias em pela viagem pelos mares. Contudo, debido a longa viagem, os tripulantes acabam tendo que se entreter com apostas e corridas de patos, o que acaba deixando a todos bastante incomodados, visto que sempre Selkirk vencia as apostas.


Eis que finalmente alcançam o Cabo, e apenas com as coordenadas que possuíam nos mapas e a rapidez de Selkirk, conseguem transpassar todos os obstáculos. Contudo, uma vez salvos, e revoltados com as jogatinas, instaura-se um motim e abandonam o marujo numa ilha. Uma sequência bem interessante, diga-se de passagem… Lembrando muito o próprio “O Naufrágo”, onde acompanhamos nessa segunda metade do filme, como ele conseguiu sobreviver na ilha.


Creio que essa virada, mostra realmente a importancia que damos a bens materias, dos mais diversos, sendo colocado na mesa justamente essa questão quando ele encontra moedas de outro, que naquele contexto que ele se encontra não possuem valor algum. Por outro lado, ele começa a valorizar as pequenas coisas, gerando cenas deveras divertidas. Toda essa lição apresentada na trama, além de educar os mais jovens, faz os mais velhos se questionarem a respeito de cómo realmente vivemos.


“Selkirk, El Verdadero Robinson Crusoe” foi uma grata surpresa, durante o Anima Mundi. Diversos foram os fatores que permitiram isso, desde a riqueza dos detalhes do processo da stop-motion (algo que exige – não apenas – muito cuidado, mas bastante paixão pela técnica), a condução da narrativa, e pelo inusitado, por assim dizer. Já que muitos dos filmes que acabei assistindo, entrava na sessão sem saber nada a respeito, o que por um lado evita expectativas e uma diversão maior, como também o inverso. Mas faz parte, hehe.


A produção dirigida por Walter Tournier, é baseada na história de Alexander Selkirk, uma náufrago que veio a inspirar o escritor e jornalista inglês Daniel Defoe, a escrever o primeiro romance inglês “Robison Crusuoe”, publicado em 1719, mas originalmente ter nascido com uma peça. O filme teve um orçamento de US$ 1,25 milhões, e foi uma co-produção entre Uruguai – onde foram construídos os cenários, bonecos e objetos; Chile – feitas as experências com efeitos em 3D, que completavam as cenas filmadas; e Argentina – onde foram gravadas as vozes dos personagens e a produção sonora, principalmente, envolvendo o design de som e música.


Enfim, o filme ficou em 2º lugar na categoria “Melhores Longas Adultos” – tanto o Rio de Janeiro, quanto em São Paulo – logo, seria bacana se houvesse o lançamento de um DVD, ou blu-ray, nacional recheado com extras e tudo o mais. Encerro dizendo que quem tiver a oportunidade de assistir durante as suas exibições no Anima Mundi intinerante, irá aproveitar bem seu ingresso.


Bom final de semana pra todos.
Ateh _o/

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