Para ler este post, dê o play em Amália Rodrigues.
… eu não queria crescer. Peter Pan me ensinou a ir para a Terra do Nunca e lá queria permanecer, mas todos crescem depois que voltam de lá e não consegui fugir. O que aconteceu? Ficaram recordações que são tão gostosas que só de me lembrar os cheiros vem na minha memória.
Lembro de uma piscina de mil litros na frente da casa de minha avó materna e eu e meu irmão fazendo festa enquanto Amália cantava uma de minhas músicas preferidas dos discos de minha avó. Enquanto isso ela preparava algo gostoso pra comermos, entre as comidas, aquele arroz sírio e o feijão com toque de louro.
Lembro das tardes de bicicleta, pique-esconde e pega-pega com meu primo mais novo e a garagem do prédio virava Alameda dos Anjos e eu era a Power Ranger rosa. Enquanto corríamos e nos sujávamos, minha avó paterna fazia as roscas deliciosas que cheiravam o prédio todo deixando a todos com vontade de comer.
Me lembro das viagens pra Santos, aqueles dias de calor que eu achava que nunca ia aguentar, toda cheia de brotoejas. A tia fazia aquele nhoque e deixava que cortássemos os cubinhos da massa. As tardes na areia cavando a terra e correndo pro mar. AH! E a alegria de ir a um Mc Donalds, esse povo da província…
Me lembro do tio ensinando a fazer pipas e eu e meu irmão prestando a maior atenção. A melhor coisa foi ver aquelas coisas subindo no ar com meu pai no fim de semana. Não é que funcionou?
Na escola era tão legal, tinha uma casinha pra brincar e um cano pra passar por dentro, foi triste ver a escola crescer e tudo de legal sumir de lá. Isto vale pro parque da cidade.
Me lembro exatamente o dia que ganhei meu primeiro livro do Harry Potter. Eu e meu irmão sentados no banco de trás do carro e a alegria de abrir aqueles pacotes. Nunca foi tão legal conversar sobre livros.
Lembro de ficar brincando com os esmaltes da minha tia enquanto minha mãe fazia as unhas. Organizava todos na caixinha, a criança mais organizada e com TOC desse mundo.
Lembro de manhãs de domingo vendo “Anos Incríveis” e “Pesca & Cia.” com meu pai. Episódios de pesca do marlin azul eram meus prediletos. Os passeios no Mercado da cidade achando as plantas carnívoras o máximo também eram muito deliciosos e quase sempre terminavam com um pastel e um Cibel pequeno (guaraná típico da minha cidade natal).
Lembro de falar que as colinas verdejantes do Jardim Botânico de Curitiba me davam vontade de rolar e da minha cara de pasma quando minha tia respondeu: “vai lá”. Também lembro da coceira que isso deu em mim, no meu irmão e nos primos.
Como é bom relembrar e ver que a infância que tive foi gostosa e deixou tanta coisa boa pra lembrar. As coisas mais simples sempre são as mais gostosas. O quê simples vocês se lembram da infância de vocês?
Que texto gostoso! Também sinto saudades da minha infância!
Hahah, também lembro de rolar lá no Jardim Botânico! Até a vovó rolava com a gente! 🙂
@Raquel,
Eitha coisa boua! =D
Iniciei o texto sem dar o play, interrompi, apertei o Play do vídeo e continuei a leitura. Isso fez toda a diferença.
Quando eu era criança, eu queria ser Changeman Preto, o Hayate… mas foi só um sonho. Cresci, não teve jeito.
@Ronaldo Santos,
Ahá! A música influencia tudo =D
E é uma boa música =*
Que nostalgia.. será que já nos conheciamos la na terra do nunca? *_* eu fui pra lá logo cedo tb e não oqueria ter voltado hunf
@Clay,
Triste, né? Fazer o que rs
Postagem maravilhosa com gostinho de infancia…