O Canto da Sereia
Quando vi o comercial desta série brasileira, confesso que fiquei intrigada. Primeiro porque Isis Valverde estava linda em todos os comerciais, segundo porque a série parecia ter um tom de investigação, então resolvi então dar uma chance.
Logo de cara somos apresentados à Sereia, uma personagem animada, linda e sedutora. Ela é uma artista nova, muito amada pelo público e vai para seu primeiro dia de trio elétrico no carnaval de Salvador naquele ano. Mesmo sentindo que algo está errado com ela, vamos percorrendo esse pequeno começo com muita alegria e cores quentes, até que a moça leva um tiro em pleno show e tudo muda. A série fica em tons frios e mais escuros.
Marcos Palmera interpreta Augusto, um dos seguranças de Sereia que depois de sua morte resolve investigar quem cometeu o assassinato. A trama nos apresenta vários suspeitos enquanto a história de Sereia meses antes do crime começa a ser contada. Uma história com drama, paixões e muitas coisas sem sentido em alguns momentos. Alguns diálogos são bem fracos, mas tenho que dar meus parabéns à Camila Morgado e João Miguel pelos excelentes papéis que fizeram e interpretações de tirar o fôlego.
Uma das melhores cenas pra mim foram a do pedido de Sereia para Zé Love, com tanta cumplicidade e companheirismo. E a outra foi quando Mara conta para Augusto como se sente sem Sereia. Pode até parecer exagerado, mas a saudade e a dor da personagem me fizeram arrepiar.
Fora o incrível elenco, achei lindos os figurinos de Sereia sempre remetendo à mística criatura do mar e as músicas até que ficaram divertidas e gostosas de se ouvir. O candomblé é a religião retratada na série, o que gerou revolta e indignação em algumas pessoas pela internet, mas não sei porque já que é uma religião presente no Brasil e com maior número de seguidores na Bahia, então acho que tinha todo o contexto ela aparecer ali (#larguemdemimimi).
Juntando tudo, foi uma série gostosa de se assistir e bem interessante. A série foi baseada na Obra de Nelson Motta e escrita por George Moura, Patrícia Andrade e Sérgio Goldenberg.