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Cassiopéia (1996)

Para essa semana, um filme com um ar bem de Sessão da Tarde. Hoje é dia de falar do 1º longa metragem inteiramente digital brasileiro: “Cassiopéia”.


Começamos em Atenéia, um planeta da constelação de Cassiopéia, onde seus habitantes vivem pacificamente e em harmonia, tudo regido pelo Conselho Galático Central. Contudo, durante uma pesquisa acabam percebendo uma perturbação no espaço que vem drenando energia, logo a doutora Lisa e sua equipe resolvem investigar. Ao lançarem sensores, descobrem que é uma nave estranha que é responsavél pela situação atípica.



Porém, acabamos descobrindo que tudo não passa do plano dos alienígenas – que aparecem vermes – liderados por Shadowseat, que estão drenando toda a energia por onde viagem. Devido a essa queda rápida de força no planeta, Lisa e o Conselho, resolvem liberar no espaço capsulas de resgaste.


Enquanto isso, em outro lugar do espaço, os vigilantes Chip e Chop estão investigando a presença de um alienígena invasor em outro planeta. Com o trabalho em equipe dos dois patrulheiros, conseguem expulsar o inimigo, é interessante observar que não usam armas destrutivas, apenas de deslocamento.


Na viagem de retorno, acabam encontrando uma das capsulas mas precisam de outra para conseguirem decodificar o código. Chegam em outro planeta, e encontram Leonardo, que consegue ajuda-los, pois ele havia recuperado, também, uma das capsulas perdidas, e conseguem encontrar o caminho para Atenéia e ir ajudar Lisa e seus amigos. No entanto, Shadowseat acaba decidindo atacar o planeta, para que possa continuar a coleta de energia sem mais interferências. Chip e Chop, chegam a tempo, mas acabam sendo minoria contra o exército do vilão.


Dentre alguns pontos, uma coisa que me chamou a atenção, foi o fato dos alienígenas lembrarem insetos / vermes, como sempre são representados em diversos filmes de ficção científica. Não sei se pelo fato de serem mais “aterrorizantes” ou por devastarem tudo no caminho antes de mudarem de lugar aos bandos, mas enfim…


Como sendo a primeira animação, inteiramente digital, não era de se esperar que modelassem um Godzilla contra um exército de orcs, mas no início achei bastante limitado por serem em sua maioria apenas formas geométricas volumetrica que faziam a composição visual. Mas há de convir, que em relação ao concorrente “Toy Story”, que acabou sendo o 1º filme digital na cronologia da história da animação, os orçamentos eram bem distintos, mas nem por isso, a produção nacional ficou devendo. O visual é bem bonitinho e amigavel, me lembrou muito a série de animação “Mechanimals”, tanto pela estética quanto pelo tipo de narrativa.


“Cassiopéia” fez parte dos assuntos discutidos durante a minha palestra de animação brasileira que aconteceu no N Design de 2010, sendo uma das bases da linha de tempo do quem sendo produzido no país nesses anos desde então. O filme é mais divertido do que esperava, tem um ritmo bacana de aventura, mesmo sendo bem infantil, e a dublagem totalmente nostalgica com diversas vozes da época dos “Cavaleiros do Zodíaco” – visto que foi dirigida por Gilberto Baroli (o Saga de Gêmeos), além da participação do grande ator Osmar Prado, por essa não esperavam, né? Haha.


Enfim, “Cassiopéia” pode ser um filme que não chame muita a atenção a primeira vista, mas vale a pena ser assistido. A produção, escrita e dirigida, por Clóvis Vieira nos mostrou o que um conjunto de profissionais ousou fazer, e o resultado que obtiveram, mostrando que não somos apenas a terra do país da Copa, e também somos capazes quando queremos.


Bom final de semana a todos.
Ateh. o/

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Pinóquio (1940)

Vamos à recomendação da animação semanal nesse feriado, e o escolhido dessa vez, aqui no blog foi o 2º Clássico Disney: “Pinóquio” (Pinocchio).

pinóquio filme

Adaptado de um periódico de autoria do italiano Carlo Collodi, Pinóquio foi transformado numa das animações mais citadas de exemplo para as crianças se comportarem e não contarem mentiras, ou aprontarem travessuras. Começamos nossa história, com o pequeno Grilo Falante contando de como conheceu o jovenzinho, numa noite fria, num pequeno vilarejo.


Lá, ele observa o velho e bondoso Gepeto, acompanhado do gato Fígaro e a sua peixe Cléo, terminando de construir a marionete. Que após detalhes de pintura, começa a dançar com o bonequinho antes de ir dormir. No entanto, ele acaba ficando tão fascinado com sua criação que antes de cair no sono, ao ver a Estrela dos Desejos, faz o pedido para que ele se transformasse em um garoto de verdade.

pinoquio


Eis que surge a Fada Azul, que com seu toque de magia, torna isso possível em partes. Pinóquio, ao acordar, fica ciente de que para se tornar um garoto de verdade por inteiro, deveria ser valente, generoso e verdadeiro. Para isso, o Grilo Falante teria o papel de ser sua consciência e lhe mostrar o que é certo e errado. Algo bem interessante, que vai além daquelas simbologias usadas mais tarde do anjinho e do diabinho nos ombros do personagem, mas no final dando o livre arbítrio ao personagem.

pinoquio disney


Na manhã seguinte, Pinóquio vai a aula, mas no caminho conhece João Honesto e Gideão, o qual quer vender o menino de madeira para o circence Stromboli. Contudo, ele é enganado, achando que seria um ator feliz e de sucesso, e acaba sendo preso e sequestrado. O Grilo tenta ajuda-lo, mas infelizmente não consegue. A Fada Azul aparece novamente, mas o nariz de Pinóquio começa a crescer cada vez que ele conta uma mentira para ela. Ele promente apenas falar a verdade, e ela da uma nova chance e liberta os dois.





Porém, ele acaba caído de volta nas armadilhas de João Honesto, o qual agora esta incumbido de levar o garoto para o Cocheiro, o qual levaria as crianças desobedientes para a Iha dos Prazeres, onde eles viram burros. Tento uma das cenas mais aterrorizantes da narrativa entre o garoto e seu amigo Espoleta. Realmente, mesmo a essa altura da vida, foi algo que fiquei pensando como as crianças reagiriam ao assisti-la.


Felizmente, mais uma vez eles conseguem escapar, e tentam voltar para casa… Porém, Gepeto, com o passar dos dias, estava numa busca pelo garoto, acabara sendo engolido, em alto mar, pela baleia Monstra. Pinóquio, sem pensar duas vezes resolve ir atrás de seu “pai” e resgata-lo já que parte da confusão era culpa sua. A sequência que se segue no mar, e depois com a baleia, é muito boa, considerando os desenhos, os efeitos sonoros, a dramaticidade apresentada, que com certeza nos fazem sentir aquele desespero e torcer pelos personagens.




“Pinóquio” apresenta muito mais do que a própria história da marionete que queria ser um menino de verdade, mas sua arte foi algo que a equipe de produção de Walt Disney quis superar em relação ao seu projeto anterior “A Branca de Neve e os 7 Anões”. Atualmente, trabalhando com ilustrações de cenários, animação, não tem como não ficar impressionado com os resultados obtidos, naquela época  um tanto quanto rudimentares – lógico que comparando a hoje. A colorização das cenas, como foram registrados o movimento de células para a sensação de profundidade, para que no final, transmitissem visualmente todo o propósito da narrativa.


Ao assistir o disco 2 dos extras, é consideravelmente uma linda aula de animação em todos seus âmbitos, desde como chegaram as idéias dos personagens, as suas personificações ilustradas, as escolhas dos dubladores – e algo que favoreceu muito na definição e adequação da personalidade de cada personagem que seria visto em cena.




O filme também recebeu 2 prêmios da acadêmia nas categorias de “Melhor Trilha Original” e “Melhor Canção” com “When You Wish Upon A Star” (que mais tarde passou a ser o tema oficial dos estúdios Disney). E teve uma versão de jogo de plataforma para Super Nintendo, Mega Drive e GameBoy, em 1996, e mais tarde o personagem apareceu em Kingdom Hearts, também (além de tantos outros personagens nesse crossover da Disney e Square).


“Pinóquio”, é um bonito filme que mesmo assistindo a diversos longas animados japoneses, ou filmes cheios de efeitos especiais, ainda deslumbra os olhos pela sua riqueza particular de um trabalho manual que hoje, infelizmente, é se visto muito pouco, ou não dado seu devido valor. Fico feliz por ter assistido e ainda hoje me divertir, sentir medo e sonhar com essa magia única do mundo Disney.

Até e bom feriado a todos, por aqui será prolongado, pelo menos. 🙂

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Projeto #365 – 106/112


Dia 106 – Nunca tinha comigo um KitKat. Sim, isso mesmo, podem me julgar, mas eu não achei a melhor coisa do mundo.


Dia 107 – Encontrei dois caderninhos de desenho meus que eu não estava encontrando e achei que eu tinha perdido. Felicidade.


Dia 108 – Pode servir pra várias coisas. #chicorei


Dia 109 – Colar que comprei pela internet, que é o coração do homem de lata em “O Mágico de Oz”.

When a man’s an empty kettle he should be on his mettle,
And yet I’m torn apart.
Just because I’m presumin’ that I could be kind-a-human,
If I only had heart.


Dia 111 – Isso é o que acontece quando você está com pressa, tropeça na rua e cai de quatro no chão.


Dia 110 – É normal ter TPM. Anormal é reparar em embalagens novas e empolgar. #vidadedesigner


Dia 112 – Delícia de filme. Indico muito pra uma tarde de chuva com pipoca e cobertor.

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Drive + Sete Dias com Marilyn

Drive – [rating:4/5] “Um dublê de Hollywood (Ryan Gosling), que à noite trabalha como motorista de fugas para criminosos, descobre que há um preço pela sua cabeça depois que ajudou o namorado ex-presidiário de sua vizinha (Carey Mulligan) em um golpe que acabara mal.”

Depois de muito ouvir sobre esse filme em podcasts e sites eu tinha que assistir, e foi o que eu e o namorado fizemos. Não quis ler muito sobre o filme antes de assistir, pra ele me pegar de surpresa e foi EXATAMENTE o que aconteceu. Achei algo meio “Clube da Luta”, não sei explicar, mas o filme foi bom. Não achei que se tornaria tão sangrento e violento, mas Ryan Gosling me fez ficar com nervoso de suas atitudes, ou melhor falta dela no começo do filme, mas depois ele resolve partir pra ação e ele explode seus miolos. Ótima atuação dele, ótima trilha sonora, que me lembrou filmes dos anos 80 e ótimas cenas. Agora posso ouvir mais podcasts sobre o filme.

Sete Dias com Marilyn – [rating:4/5] “Na trama acompanha o período em 1956 que Monroe passou na Inglaterra filmando The Prince and the Showgirl ao lado de Laurence Olivier. A história adapta o livro homônimo de Colin Clark, que na época trabalhava como assistente nas filmagens. Durante uma semana, ele teve a oportunidade de ciceronear a diva – desesperada para escapar das pressões da rotina hollywoodiana – e mostrar-lhe o melhor da vida britânica.”

Eu ando assistindo Smash, uma série da Universal que mostra a criação de um musical inspirado na vida de Marilyn e por conta disso fiquei com mais vontade de conhecer a diva, então fui correndo atrás deste filme, que mostra como ela era doce, adorada por todos e desejada por muitos. Era uma mulher carente, insegura e que adorava ser o centro das atenções. Neste filme acompanhamos um momento delicado, onde já vemos uma Marilyn usando de remédios , álcool e chegando sempre atrasadas nas gravações. Michelle Williams ficou assustadoramente igual à Marilyn. O filme é doce, gentil, leve e rápido, assim como a carreira de Marilyn.

Sinopses de Omelete