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Swat Kats – O Esquadrão Radical (1993)

Para variar um pouco, uma série de animação para o pessoal que visita o nosso querido Chocottone, hoje vamos de “Swat Kats – O Esquadrão Radical” (Swat Kats: The Radical Squadron).


Vamos comentar um pouco sobre esse desenho animado lá do início dos anos 90 que foi exibido originalmente pela CNT, no final da tarde, logo após o Programa do Hugo (pelo menos aqui em Curitiba era essa a programação). A narrativa aborda a história de 2 gatos que eram pilotos da polícia – Chance Furlong e Jake Clawson – mas agora são vigilantes e lidavam com os criminosos da sua própria maneira, conhecidos então como T-Bone e Razor, respectivamente.



A cidade de Megakat City é atacada a cada episódio pelos mais diversos inimigos, desde gatos robôs, magos do tempo, ratos-víboras… e por aí vai. Para enfrenta-los, os Swat Kats contam com uma série de aparatos, dentre eles temos: o característico Turbokat (que é equipado com uns 20 tipos de mísseis diferentes), que é o caça de combate – que foi montado a partir de peças do ferro velho em que trabalham sob suas identidades secretas, o Cyclotron – uma moto que fica a bordo do caça, entre outras armas e veículos, onde alguns apareceram apenas para um episódio.




Na 1ª temporada, contemplada com 13 episódios,  temos a apresentação dos diversos vilões, a origem dos Swat Kats, a equipe de jornalistas do jornal “Olho de Gato”, e os diversos conflitos internos, hehe. A vice-prefeita Callie Briggs, é a única que tem contato direto com o gatos vigilantes, e sempre que a começa a encrenca, ela contacta os heróis.  A apresentação do elenco mostra essa diversidade de personages que faz você curtir mais ou menos alguns. Nessa sequência, um dos episódios que gosto bastante é o da origem dos Metallikats (gatos conscientes mas com corpos robóticos), que foram originarios a partir dos corpos dos bandidos de rua Mac & Molle Mange (uma homenagem a Bonnie e Clyde).





Já na 2ª temporada, temos 12 histórias dentro de 10 episódios, onde 2 episódios possuíam – por sua vez – 2 aventuras mais curtas. E por fim, encerrando com um “Especial de TV”, que não chegou a ser apresentado no Brasil, onde a repórter do jornal “Olho de Gato”, fica comentando sobre os diversos ocorridos, sem muito a acrescentar sendo um “melhores momentos” da série toda. Nessa temporada temos a presença da sobrinha do Comandante Feral,  a Tenente Felina, que ao meu ver, parece que foi inserida na história para ser um par romântico para o T-Bone, e apoia também as ações dos gatos bem-feitores.





Uma das coisas que até hoje me surpreende, é a boa qualidade dessa animação que veio a ser produzida pela Hanna-Barbera. Suas características de desenho animado dos anos 90 são explícitas: “Nessa década é verificado o uso de sombras fortes, que remetem ao aspecto de acabamento quando usado nanquim em história em quadrinhos, similarmente, a paleta de cores utilizada também assemelha esse visual. As narrativas se concentram em heróis, tendo ou não super poderes, e estes sendo humanos ou criaturas”.*




Infelizmente, a série foi cancelada com alguns episódios ainda inacabados. Um dos motivos alegados foi a violência nos episódios, não haverem brinquedos, ou ainda própria questões financeiras das emissoras, visto que desenhos da época também tiveram encerramentos inesperados –  como “Piratas das Águas Sombrias” e “Dois Cachorros Bobos”.





No entanto, chegou a ser lançado um game para Super Nintedo da série animada, onde você escolhe um dos dois personagens e cada um possuí habilidades especifícas para completar as fases, que se assemelham aos episódios da série de animação.



Enfim, “Swat Kats” – ao meu ver – foi uma boa combinação entre os roteiros cativantes das narrativas dos anos 80, a nova tendência visual que foi adotada nos desenhos animados dos anos 90 com muito rock n’roll  de trilha sonora. A dublagem da Álamo foi muito bem realizada, onde os protagonistas tiveram as vozes cedidas por Élcio Sodré (“Shiryu” de Cavaleiros do Zodíaco) interpretando T-Bone; e Paulo Celestino (Senhor Kazahara/Origami em “As Aventuras de Jackie Chan”) para seu parceiro Razor, dentre outras vozes bacanas da época.




A série foi reexibida pela última vez no canal Boomerang na década passada, caso tenham a oportunidade de assistir fica aqui nossa recomendação.


Bom domingo de “Dia das Mães” para todos!
Ateh o/

* ps: trecho original extraído do TCC “Trailer de animação 2D para divulgar uma série animada” (2011), escrito por Estela M. S. Kazmierczak & Wagner R. Régis.

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Os Vingadores + Menino do Pijama Listrado

Os Vingadores –[rating:5/5] “Loki (Tom Hiddleston) retorna à Terra enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba o cubo mágico dentro de instalações da S.H.I.E.L.D. e, com isso, adquire grandes poderes. Loki os usa para controlar o dr. Erik Selvig (Stellan Skarsgard) e Clint Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), que passam a trabalhar para ele. No intuito de contê-los, Nick Fury (Samuel L. Jackson) convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson). Só que, apesar do grande perigo que a Terra corre, não é tão simples assim conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo.”

Divertido, engraçado e empolgante. Que delícia é poder ir ao cinema e poder se divertir. Comprei total a história do filme e fiquei impressionada em como conseguiram transformar tantas estrelinhas em um grupo bem interessante, até a Viúva Negra que achei que ficaria de escanteio teve seus momentos de glória. Teve piadas galhofa? Teve, mas acreditei que por ser um filme pipocão ele teria uma “licença poética” pra fazer este tipo de coisa. O 3D foi muito bom, mas acho que em uma sala IMax 3D a coisa fica mais animada.

O Menino do Pijama Listrado – [rating:4/5]Alemanha, Segunda Guerra Mundial. O menino Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista (David Tewlis) que assume um cargo importante em um campo de concentração. Sem saber realmente o que seu pai faz, ele deixa Berlim e se muda com ele e a mãe (Vera Farmiga) para uma área isolada, onde não há muito o que fazer para uma criança com a idade dele. Os problemas começam quando ele decide explorar o local e acaba conhecendo Shmuel (Jack Scanlon), um garoto de idade parecida, que vive usando um pijama listrado e está sempre do outro lado de uma cerca eletrificada. A amizade cresce entre os dois e Bruno passa, cada vez mais, a visitá-lo, tornando essa relação mais perigosa do que eles imaginam.

Já fui assistir sabendo o que me aguardava. Lágrimas! MUITAS LÁGRIMAS!
Que lindo poder ver a inocência daquele menino, que por ser filho de pai nazista, usava cabelo igual ao de Hitler e nem sabia o porque. O filme mostrou, pelo menos pra mim, como crescemos e nos tornamos maus e preconceituosos. Sinto que se fosse gravar um vídeo sobre este filme eu faria exatamente como Maurício Saldanha e deixaria as emoções tomarem conta de mim e começaria a filosofar em tudo que acontece no filme. Então se você nunca viu e quer ver, se prepare pra olhos inchados e rosto molhado.

Sinopses do Adoro Cinema

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Projeto #365 – 113/119


Dia 113 – Uma pausa na hora do almoço pra passear no parque pertinho da agência.


Dia 114 – Fui no hospital ver meu joelho (lembra que eu cai?) e o resultado foram 5h de espera, uma injeção na bunda e tendão inflamado. #noacademyformeanymore


Dia 115 – Porque na agência #todosama balinhas.


Dia 116 – Deixando tudo pronto pra ir pra casa amanhã.


Dia 117 –Cheguei 1h da manhã, mas cheguei!


Dia 118 –Docinhos da Festa de São Benedito. Ano passado não comi então, vamos aproeitar!


Dia 119 –O botão da minha caneta da tablet estragou, mas ainda bem que papai é bom em arrumar as coisas e me salvou de um senhor prejuízo. #todoscomemora

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Cassiopéia (1996)

Para essa semana, um filme com um ar bem de Sessão da Tarde. Hoje é dia de falar do 1º longa metragem inteiramente digital brasileiro: “Cassiopéia”.


Começamos em Atenéia, um planeta da constelação de Cassiopéia, onde seus habitantes vivem pacificamente e em harmonia, tudo regido pelo Conselho Galático Central. Contudo, durante uma pesquisa acabam percebendo uma perturbação no espaço que vem drenando energia, logo a doutora Lisa e sua equipe resolvem investigar. Ao lançarem sensores, descobrem que é uma nave estranha que é responsavél pela situação atípica.



Porém, acabamos descobrindo que tudo não passa do plano dos alienígenas – que aparecem vermes – liderados por Shadowseat, que estão drenando toda a energia por onde viagem. Devido a essa queda rápida de força no planeta, Lisa e o Conselho, resolvem liberar no espaço capsulas de resgaste.


Enquanto isso, em outro lugar do espaço, os vigilantes Chip e Chop estão investigando a presença de um alienígena invasor em outro planeta. Com o trabalho em equipe dos dois patrulheiros, conseguem expulsar o inimigo, é interessante observar que não usam armas destrutivas, apenas de deslocamento.


Na viagem de retorno, acabam encontrando uma das capsulas mas precisam de outra para conseguirem decodificar o código. Chegam em outro planeta, e encontram Leonardo, que consegue ajuda-los, pois ele havia recuperado, também, uma das capsulas perdidas, e conseguem encontrar o caminho para Atenéia e ir ajudar Lisa e seus amigos. No entanto, Shadowseat acaba decidindo atacar o planeta, para que possa continuar a coleta de energia sem mais interferências. Chip e Chop, chegam a tempo, mas acabam sendo minoria contra o exército do vilão.


Dentre alguns pontos, uma coisa que me chamou a atenção, foi o fato dos alienígenas lembrarem insetos / vermes, como sempre são representados em diversos filmes de ficção científica. Não sei se pelo fato de serem mais “aterrorizantes” ou por devastarem tudo no caminho antes de mudarem de lugar aos bandos, mas enfim…


Como sendo a primeira animação, inteiramente digital, não era de se esperar que modelassem um Godzilla contra um exército de orcs, mas no início achei bastante limitado por serem em sua maioria apenas formas geométricas volumetrica que faziam a composição visual. Mas há de convir, que em relação ao concorrente “Toy Story”, que acabou sendo o 1º filme digital na cronologia da história da animação, os orçamentos eram bem distintos, mas nem por isso, a produção nacional ficou devendo. O visual é bem bonitinho e amigavel, me lembrou muito a série de animação “Mechanimals”, tanto pela estética quanto pelo tipo de narrativa.


“Cassiopéia” fez parte dos assuntos discutidos durante a minha palestra de animação brasileira que aconteceu no N Design de 2010, sendo uma das bases da linha de tempo do quem sendo produzido no país nesses anos desde então. O filme é mais divertido do que esperava, tem um ritmo bacana de aventura, mesmo sendo bem infantil, e a dublagem totalmente nostalgica com diversas vozes da época dos “Cavaleiros do Zodíaco” – visto que foi dirigida por Gilberto Baroli (o Saga de Gêmeos), além da participação do grande ator Osmar Prado, por essa não esperavam, né? Haha.


Enfim, “Cassiopéia” pode ser um filme que não chame muita a atenção a primeira vista, mas vale a pena ser assistido. A produção, escrita e dirigida, por Clóvis Vieira nos mostrou o que um conjunto de profissionais ousou fazer, e o resultado que obtiveram, mostrando que não somos apenas a terra do país da Copa, e também somos capazes quando queremos.


Bom final de semana a todos.
Ateh. o/