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Batman – A Máscara do Fantasma (1993)

Hoje é dia de falar daquele que é o inimigo do crime. Herói de muitos, ou não, mas isso não interessa. Com vocês, aqui no Chocottone, diretamente dos bravos e destemidos: “Batman – A Máscara do Fantasma”.


Tá, primeiramente, não é essa versão dele que aparece na série de animação Bravos e Destemidos que esta em exibição no Cartoon Network, era só para deixar a frase legal. Enfim… Outra, o choque que foi ao lembrar que esse longa metragem é de 93, vamos ao que interessa antes que mais traumas apareçam.


Primeiramente, o que achei bacana já é o início do filme, quando o morcego arrebenta a janela para pegar uns criminosos que iriam fazer lavagem de dinheiro no cassino. Nesse momento, achei isso tão mais provável do que outros (super) heróis que somos fã, que lançam raios dos olhos, super força, etc… Não menosprezando e nem falando que é melhor ou pior, mas apenas achei um pouco mais real. Enfim, lógico que o chefe escapa, mas é perseguido pelo… Hã? Mas não é o Batman que acaba com a fuga dele. o.O


A partir daí começam perseguições, inclusive por parte da polícia, atrás de Batman, pois acham que ele enlouqueceu e está matando os gangsters da cidade. Todos sabemos que os benfeitores não matam seus vilões, apenas prendem. Quando esses morrem é devido a algo como, escorregou da beira de um prédio. Bom…


Nessa produção, acompanhamos os tormentos de Bruce Wayne, se ele tem direito a ter uma vida feliz, com alguém que lhe espere em casa, que nos são apresentados com vários flashbacks, mostrando seu passado e daqueles que o cercam para então montar o quebra-cabeça da trama.


Ao assistir, temos um show de dublagem com Marcio Seixas (Balú – Tale Spin: Esquadrilha Parafuso) interpretando o herói Morcego, Isaac Bardavid (Wolverine de “X-Men”; Esqueleto de “He-Man”) sendo o Comissário Gordon, Antonio Patiño (Tio Patinhas, de “Ducktales”; Senhor Cabeça de Batata de “Toy Story”) como Carl Beamount, e o, já falecido, Darcy Pedrosa (Pai de “A Vaca e o Frango”) interpretando o Coringa (que até hoje, na minha opinião, foi um dos melhores dubladores brasileiros para esse personagem). Além de muitos outros profissionais, fazendo valer a pena assistir com áudio em português. E não apenas isso, as diversas cenas ilustradas são um detalhe a parte muito bonito.


O filme é uma excelente narrativa num ritmo policial, com um clima noir, cenários de arte decô e tendências futuristas de anos atrás. Acho que isso que torna bacana essa série de animação do Batman e seus longas produzidos. Ao mesmo tempo que você tenta definir um período de tempo que acontecem as aventuras, ela é tão atemporal que você não consegue se prender a isso. Enquanto vemos muitas armas tecnológicas, o noticiário na TV é exibido em preto e branco.


Apesar dos filmes da DC Comics deixarem a desejar, “Batman – A Máscara do Fantasma” é mais um bom exemplo de projetos de animação que deram certo e envolvem o expectador, ele sendo fã ou não do personagem.


Para esse final de semana, deixamos essa sugestão.
Logo mais, tem mais.
Ateh. o/

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A Ratinha Valente (1982)

Para o menu de hoje teremos uma produção do diretor e animador Don Bluth, o qual participou de muitas animações que alguns, como eu, nem sabiam que eram dele, falaremos agora, aqui no Chocottone do longa metragem: “A Ratinha Valente”.


Um rápido histórico, Don, foi um dos animadores-chefe e diretor na Walt Disney, esteve presente em produções como “Bernado e Bianca”, “101 Dálmatas” e “A Bela Adormecida”, porém, saiu em 1979 e fundo sua própria empresa, a Don Bluth Productions, chegando a trabalhar na sequência animada do filme live-action, o musical,  “Xanadu” (1980).


Bom, retomando, em “A Ratinha Valente” – baseado no livro infantil Mrs. Frisby and the Rats of NIMH, de Robert C. O’Brian – acompanhamos a aventura da viúva Sra. Brisby, que seu filho Tim está com pneumonia e não pode sair do repouso em casa. Contuto, o período de geada passou e o arado está vindo para preparar o terreno para as plantações. É o dia da mudança, mas ela e sua família não podem sair de casa por causa do pequeno ratinho adoecido. Só lhe restando pedir ajuda ao Coruja, um animal predador natural de ratos, o qual todos que o viram, nunca voltaram para contar história.


Ao decorrer da história, a Sra. Brisby terá que solicitar ajuda aos temíveis ratos, porém descobre que eles eram grandes amigos de seu falecido marido Jonathan Brisby, e também virá a saber o segredo de NIMH, e o tal do plano que é mencionado durante o filme todo.


“A Ratinha Valente”, é um filme que ele trabalha com uma paleta de cores que realmente lembra muito o filme de “Bernado e Bianca”, assim como em algumas cenas, para dar um toque de magia, essas se parecem com as de “Alice no País das Maravilhas”. A produção é muito bonita, tocante e forte, pois não mostra apenas a coragem em enfrentar gatos raivosos, mas também, o lado de mãe da protagonista em cuidar dos filhos pequenos em meio a tantos perigos, após a morte do marido.


Todo o filme tem algo, que já devo ter comentado, que é o fato bonito e único dos desenhos a mão, a colorização manual, todos os trabalhos de Bluth, são excelentes exemplos para os que estudam a técnica de animação tradicional, de como são aplicados os 12 príncipios. E vale observar, nos créditos, que eram cerca de 10 animadores-chefes e pelo menos 20 assistentes na produção, apenas mostrando que um desenho animado, de qualidade, não é feito da noite pro dia.


As produções de Don Bluth, possuem um retrato mais áspero e mais energético do que a de filmes da Disney, assim como também contêm elementos místicos e misterioso. Deixamos essa sugestão, e na sequência falaremos de outros filmes bonitos que ele também produziu. 🙂 Em 1998 foi realizada a continuação do longa metragem, mas ainda não assisti, se for bacana comentaremos com certeza.

Por hoje é só.
Ateh!