E sobre produções nacionais, como estamos por aqui? Aproveitando que nas últimas semanas tivemos algums notícias boas, hoje comentáremos a respeito desse longa metragem.

O longa apresenta os protagonistas Tales, Jairzinho e Bandeira (filhotes de jaguar, quati e tamanduá respectivamente) no seu cotidiano, na Vila dos Brichos. Os inseparavéis amigos passam por altas estrepolias, até que um dia resolvem criar o lutador perfeito para o campeonato internacional de vídeo-game online que estão participando. Mas muito mais do que isso, o argumento principal no filme é uma abordagem em valores como amizade, família, soliderariedade, perdão e por aí vai. Admito que a primeira metade do filme é meio parada, falta um pouco de dinamismo na animação, e o próprio roteiro, com a intenção de apresentar os personagens acaba se alongando. A segunda da parte do filme tem uma melhoria em todos os quesitos, inclusive técnico. A impressão que dá que é que a própria equip de produção pareceu mais entrosada e envolvida com o projeto, conhecendo melhor os protagonistas, principalmente. Percebemos quando um trabalho é feito com dedicação e não pra cumprir tabela.

“Brichos” foi uma produção nacional realizada em Curitiba, por Paulo Munhoz no estúdio Tecnokena. Teve a proposta aceita e apoiada pela Lei do Audiovisual e a Lei Rouanet, de incentivo a cultura, além de patrocínio da Petrobras e BNDES. Um aproveitamento válido do dinheiro público, que acaba infelizmente sendo direcionado para produções de filmes privados como da Xuxa e Trapalhões, como também para a grande maioria das produções nacionais – salvo “Os Filhos de Franscisco” que teve a produção subsidiada pelos próprios cantores Zezé Di Camargo e Luciano.

O DVD saiu no somente no ano passado, e deixou bastante a desejar no quesito de extras. Vale a pena naquele dia de chuva, se tiver curiosidade de conhecer um pouco mais de produções nacionais. Em méritos o filme ganhou o prêmio “Amigo do Cinema Infantil 2007” e foi indicado ao “Grande Prêmio do Cinema Brasileiro”.

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Aproveitando… A produção nacional animada, em geral, está numa maré boa.
No dia 17, a partir do meio-dia, na TV Brasil, 2 séries animadas inéditas e totalmente nacionais começarão a ser exibidas: “Tromba-Trem” (do pessoal carioca da Copa Stúdio) e “Carrapatos e Catapultas” ( parceria entre a paranaense Zoom Elefante com BelliStudio de Santa Catarina). Foram 2 projetos premiados no ANIMATV, em 2010, que receberam em torno de R$950 mil (cada) para a produção dos 12 episódios. No dia 23, os desenhos animados entrarão na grande da programação da TV Cultura, também. Em “Tromba-Trem” vemos Gajah, um elefante sem memória, perdido na América Latina e se torna amigo de uma tamanduá vegetariana. Juntos com uma colônia de cupins, viajarão de trem pela América Latina vivendo altas confusões, em cada episódio em um lugar e um novo personagem aparecera. Já em “Carrapatos e Catapultas” estaremos inseridos no mundo dos carrapatos que sugam gororobas para poderem ficar grandes, gordos e explodirem para ir pro mundo dos carrapatos fantasmas. Hã?! É, é isso mesmo.

Enfim, essa semana está acontecendo o “Cartoons on the Bay”, festival italiano de animação, o qual ontem estiveram presentes comentando sobre seus projetos Carlos Saldanha – falando sobre RIO (animação que estréia hoje nos cinemas), Maurício de souza e o pessoal do Copa Stúdio, também. A produção nacional está tendo seu (merecido) destaque lá fora também e isso pode favorecer investimentos nesse, emergente, mercado.
Embora o Maurício de Souza tenha comentado que pretende desenvolver um longa metragem da “Turma da Mônica Jovem” com qualidade semelhante a do “Avatar” (de James Cameron), prefiro ficar com os pés no chão e esperar pela estréia do longa “Lutas – O Filme”, que teve data confirmada para setembro deste ano.

Bom, vamos que vamos porque o final de semana está só começando.
Até mais pessoal.