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Um Gato em Paris (2010)

Aproveitando o feriado, um filme mais leve, e também que concorreu ao Oscar de longa-metragem animado desse ano. Vamos falar um pouco dessa produção francesa dirigida por Jean-Loup Felicioli e Alain Gagnol e que dentre as empresas envolvidas, contou com a presença France 3 Cinéma (mesma de Persépolis), essa aventura desprentensiosa: “Um Gato em Paris” (“Une Vie de Chat”).


Começamos o filme, presenciando um assalto num museu, onde o meliante tem como parceiro um gato. Nesse primeiro momento, não sei porque o ladrão me lembrou muito o “vilão” de “12 Homens e Outro Segredo”. Mas enfim…



Amanhece na cidade e percebemos que o mesmo gato mora com a pequena Zoé, mas até então não é explicado a conexão entre os personagens. O que ficamos sabendo que a criança tem problemas de relacionamento com sua mãe, e devido a um incidente, mantem-se calada o que dificulta ainda mais a situação familiar, e apenas o gato Dino parece entender a menina.


Jeanne, a mãe, é delegada de polícia e está tentando prender o assassino de seu marido, tentando capturar o criminoso Victor Costa, o qual pretende realizar uma nova tentativa de roubo do Colosso de Nairóbi. Devido a isso, a menina passa mais tempo com Claudine – a empregada – e ela não consegue dar atenção a sua filha, enquanto não se livrar dessa assombração que lhe persegue.



A narrativa se desenvolve focando, na verdade, a aventuras do Dino, já que de dia ele fica em companhia da pequena Zoé, e a noite ao lado de Nico, autor de diversos roubos que a polícia esta investigando, percebemos as diversas aventuras que podem acontecer na vida desse felino ao longo de um mesmo dia.

Quando haviam anuciando os indicados ao Oscar, lembro que não conhecia esse longa metragem, e inclusive não tinha me chamado a atenção, tanto que nem sei o que me fez assiti-lo essa semana. Mas foi uma produção que não me arrependi… Primeiramente, o que chamou a atenção foi justamente esse traço particular da animação. Já nos primeiros minutos, me senti como se estivesse lendo os livros infantis que lia na escolhinha, que ao mesmo tempo trouxe um visual tão nostálgico, como uma sensação aconchegante de assistir ao filme.




Outra questão técnica a ser comentada, é o detalhe dos contornos coloridos e não pretos como comumente são. Isso já torna mais leve o visual e confortavel aos olhos, além de mais amigável para o público infantil. Assim como a própria trilha sonora, que remete a desenhos animados antigos, algo que lembre muito um jazz.



A sequência em que Nico corta o cabo de luz da casa em que estão os bandidos, é espetacular, o modo como traduzir em traços tal situação. Sinceramente uma das boas sacadas que fazem valer, ainda mais, assistir ao filme. O que me surpreendeu no final, literalmente, foram os créditos com uma liguagem que me lembrou os créditos de “Prenda-me se for Capaz”, e uma música como a dos filmes da Marvel.


Ao começar o filme, fiquei tentando entander se o título se referia ao bichano, ou ao larapio. Mas na verdade, acho que pode se referir tanto a um, como ao outro, ou – ainda – a ambos, hehe. “Um Gato em Paris” com certeza é uma boa pedida para esse feriado, ainda mais que o filme é de apenas 1 hora, então você não tem desculpa para não vê-lo.


Bom feriado para todos.
Ateh o/

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