Argo – [rating:4/5] “1979. O Irã está em ebulição, com a chegada ao poder do aiatolá Khomeini. Como o antigo xá ganhou asilo político nos Estados Unidos, que haviam apoiado seu governo de opressão ao povo iraniano, há nas ruas de Teerã diversos protestos contra os americanos. Um deles acontece em frente à embaixada do país, que acaba invadida. Seis diplomatas americanos conseguem escapar do local pouco antes da invasão, indo se refugiar na casa do embaixador canadense. Lá eles vivem durante meses, sob sigilo absoluto, enquanto a CIA busca um meio de retirá-los do país em segurança. A melhor opção é apresentada por Tony Mendez (Ben Affleck), um especialista em exfiltrações, que sugere que uma produção de Hollywood seja utilizada como fachada para a operação. Aproveitando o sucesso de filmes como “Guerra nas Estrelas” e “A Batalha do Planeta dos Macacos”, a ideia é criar um filme falso, a ficção científica Argo, que usaria as paisagens desérticas do Irã como locação. O projeto segue adiante com a ajuda do produtor Lester Siegel (Alan Arkin) e do maquiador John Chambers (John Goodman), que conhecem bem como funciona Hollywood.”
Finalmente vendo os filmes do Oscar 2013, atrasadinha eu né?
Argo não era o tipo de filme que me animava muito, confesso. EUA versus Irã, imaginei que seria patriotismo exacerbado ao extremo e iríamos terminar o filme beijando a bandeira dos EUA. Existe o patriotismo? Existe, mas nada de bandeiras estadunidenses sendo erguidas em meio a perspectivas imponentes, pelo contrário, bandeiras sendo queimadas e pintadas no chão para que os outros passassem por cima.
O filme me surpreendeu por fazer vibrar nos últimos segundos com a tensão de “será que vai?”, mas a maior parte do filme é a inteligência agindo e pode parecer um pouco parado pra quem não tem muita paciência. Ben Affleck fez um bom trabalho como diretor, mas como ator eu achei estranho demais, o personagem dele não me cativou em nada, nem com a história do filho e tal, não rolou. Aliás, não achei que você se apega a muitos personagens, mas talvez seja isso mesmo, mostrar uma passagem daquele problema e daquela resolução. O personagem principal de tudo foi o plano: ARGO, muito bem bolado, diferente de muita coisa pensada (bicicletas? JURA?) e interessante de se assistir.