Categorias: Feminices, Vida Real

Uma menina fora dos padrões

Vamos falar sobre ditadura da beleza usando de gancho o #StopTheBeautyMadness, um projeto que vai muito além do “desafio de tirar foto sem maquiagem”. Vale a pena entender o que é e principalmente o fato que tirar uma foto sem maquiagem não é um castigo nem motivo pra aposta. Um oferecimento Rotaroots.

Quando eu era adolescente eu não era uma menina muito ligada nessas coisas de beleza. Sempre gostei de me esconder por trás de roupas largas e meu All Star, e com esses ítens eu conquistava o mundo. Eu fui crescendo e minha mãe sempre ficava falando: “coloca uma sandalhinha”, porque mesmo em dias quentes eu andava de tênis, com meu shorts gigante e minhas camisetas. Acho que no fundo, depois de refletir muito, tudo isso era pra evitar olhares. Lembro também que minhas primas falavam que meu pé era feio, por isso eu devia ter vergonha de mostrá-los.

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Eu e meu irmão em Brasília em 2006. Calor e… All Star.

Sempre fui muito moleca que saía descalça pelo cimento pra correr e brincar, andar de bicicleta, jogar bola e subir em alguma árvore que desse sopa por aí. Sou muito mais amiga de meninos que de meninas e me interesso mais por Star Wars e Harry Potter do que por qual maquiagem nova saiu no mercado. Essa sou eu. Mas cresci e comecei a tirar sobrancelhas, hoje tenho uns dois tipos de rímel, alguns batons e uma paleta de 120 cores de sombras em casa, tudo pra dar uma salvada no visual em dias de olheiras profundas, casamentos, passeios ou quem sabe aquele dia que dá vontade.

OK. E o que tem tudo isso a ver?
Tem a ver que até hoje eu não acho que sou uma mulher normal comparando com uma grande maioria. Comecei a fazer muita coisa “de mulherzinha”, mas tem tanta coisa que não é prática. Maquiagem mancha meu rosto quando entra algo no olho e eu tento tirar. A unha com esmalte não dura nada quando se tem sua casa e tem que lavar roupas e louças. Não digo que é errado fazer essas coisas, mas acho que simplesmente não preciso fazer porque todo mundo faz. Quando estou com vontade, passo maquiagem pra me ver arrumada, quando acho que quero cor nas unhas, vou lá e passo esmalte e acho que toda mulher deveria se sentir livre pra fazer o que bem quisesse com seu corpo, desde que seja saudável. O problema é que conheço muitas que só se colocam pra baixo e/ou nunca vão se deixar serem vistas em uma foto sem maquiagem, pois elas são escravas de todo este padrão de mulher perfeita que as mulheres mesmo colocam nas cabeças, porque homem mesmo não liga muito pra essas coisas não.

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Pés sem fazer. Mas o que é fazer, certo?

Prefiro ficar com meus pés do jeito que são, porque prefiro sentir o chão da minha casa, do trabalho ou até mesmo nas aulas de luta, sem me preocupar se o esmalte descascou ou se as unhas estão sem fazer. Eles no chão me fazem lembrar que sou gente e que sou dona de mim e ninguém vai me fazer sentir mal, mesmo que não goste de algumas coisas. Um dia todo mundo aprende que não é porque todos fazem que temos que fazer, Kate sabe disso (10 Coisas Que Odeio em Você) AH! E descobri que meus pés são lindos e que meu namorado adora eles. O que isso me fez aprender? Que é tudo questão de como se vê, então permita-se ser livre.

Categorias: Viagens e Passeios

Viagem: Paraty – RJ

No começo de agosto fiz um post falando que fui com o namorado, o irmão e a cunhada pra Trindade. Além de passar o dia por lá, demos também um pulinho em Paraty. A cidade estava mega cheia por conta da FLIP (Feira Literária Internacional de Paraty) que estava rolando, mas foi bem legal conhecer a cidade. As pedras não são amigas na hora de andar, mas é tão fofo ver aquelas casinhas com cara de antigas, todas bem cuidadas, com lojas bacanas e restaurantes que te deixam com vontade de entrar. Foi bem corrida a visita e fiquei com vontade de quero mais. Abaixo algumas fotos que fiz por lá.

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E a”i? Curtiram? Conhecem Paraty?

Categorias: Trilhas e Músicas, Vida Real

Meme: 7 músicas para cantar no chuveiro

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O chuveiro é um ótimo lugar para cantarolar. Alí a acústica é diferente de qualquer outro canto da casa e ninguém te julga por desafinar. Agora com toda a falta d`água os banhos de 5 minutos permitem um repertório mais curto, mas nem por isso menos especiais. Preparem-se pra uma enxurrada de Disney songs, aqui vão as sete músicas que eu mais canto no chuveiro:

Somewhere Over the Rainbow
Minha predileta de longe e tem que ter a entonação de Judy Garland em “O Mágico de Oz”, essa coisa mais melancólica, nostálgica e gostosa.

Once Upon a Dream
Disney. Não adianta, eu sou fã, eu amo muito e cantarolo sim, muito, a trilha sonora de “A Bela Adormecida”. Quem não viu, tem um mini-mico meu cantando esta música lá no Instagram.

Part of Your World
Meu filme predileto quando criança não poderia ficar fora dessa seleção. E aqui ele pode aparecer em português ou inglês, vai do humor do dia.

I`ll Make a Man Out of You
“AH! DE NOVO?”. Poisé. Desculpa, mas eu canto muito essa música e ela me inspira. Acho que é porque me lembra do kung fu.

Landslide
Sou uma fã de country e esta está entre as minhas prediletas por ser fofa, fazer pensar e me faz ficar calma. Coloquei aqui a versão de Glee, mas a música original é cantada pela Stevie Nicks.

A Case of You
Esta música me ganhou no exato momento que tocou em “Da Magia à Sedução”. Deliciosa de se ouvir e de cantar.

Out There
Ela vai crescendo, vai ganhando força e vai me fazendo arrepiar. Acho “Corcunda de Notre Dame” um dos desenhos mais fortes da Disney e esta música me comove bastante. Adoro cantarolar ela em português!

E aí? O que acharam da minha playlist de hora do banho?

Este post foi um oferecimento de Rotaroots”

Categorias: Resenhas

Assisti: Histórias Cruzadas (2012)

Histórias Cruzadas

[rating:5/5] “Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.”

Ficar doente tem a pequena vantagem de que podemos assistir filmes e ficar quietinhos. Semana passada fiquei muito mal do estômago e durante o molho assisti a este filme que estava na minha lista fazia tempo!

Com personagens bem simples e marcados, Histórias Cruzadas surpreende. Não achei que veria tanta discussão sobre preconceito em um filme que tem tons tão alegres e leves na capa, aliás, é bem assim mesmo que o filme trata do preconceito da época, de maneira brutalmente leve. Eu fiquei indignada em várias passagens do filme e fiquei imaginando se naquela época eu teria o mesmo pensamento daquelas pessoas, afinal, a sociedade tem que evoluir em conjunto pra que a mente das pessoas se abra mais. Vale muito a pena assistir e ver que mesmo depois de muito tempo de abolida a escravidão, os negros passaram por poucas e boas, e ainda passam. Acho válido assistir este filme depois de visto 12 Anos de Escravidão, pois no filme mais atual é explicado que os negros depois de libertos começaram a trabalhar em troca de dinheiro, e por isso os brancos acabavam dando empregos que eles não queriam fazer, como empregadas, cozinheiras, jardineiros e trabalhos mais braçais. Aqui em The Help vemos algum tempo depois, como isso acabou por ficar na cultura do americano por gerações e como eles começaram a quebrar este pensamento. Bem interessante traçar esta linha.

Apesar de uma discussão sobre direitos, o filme consegue divertir e consegue fazer refletir. Recomendo muito!

Histórias Cruzadas

 

Sinopse do Adoro Cinema