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Em Busca do Vale Encantado (1988)

Para esse final de semana, um dos meus filmes favoritos da infância, nada melhor que juntar dinossauros e desenhos animados. Vamos relembrar um pouco do “Em Busca do Vale Encantado” (The Land Before Time).


A produção de Don Bluth (desenhista e animador que já mencionamos, aqui no Chocottone, noutra ocasião), são marcantes justamente por toda essa maneira única de ilustrar. “Em Busca do Vale Encantado”, pelo que me recordo, foi um dos primeiros VHS que assisti… Quase não voltou para a locadora.


Primeiramente, os créditos iniciais, dentro da água, com a música criando o clima, e depois entrando o vozeirão do Marcio Seixas (dublador do “Batman”, na Liga da Justiça), como narrador do filme. Em diversos momentos ele faz algum comentário a respeito do desenvolvimento da aventura, sempre com uma voz ponderada e serena, que até começa com o tradicionalismo “Era uma vez…”


Nos primeiros minutos, ainda hoje, fico impressionado com as cores das cenas, a animação fluída, desenhar as diversas manadas em movimentos. Simplesmente único! Enfim… Os diversos dinossauros comedores de planta (sim, eu sei que o termo técnico é herbívoros) estavam migrando para o oeste para encontrarem o Vale Encantado, uma vez que as folhas verdes haviam acabado.



Alguns pequenos filhotes, quando as manadas paravam, começaram a nascer, e dentre eles o jovem pescoçudo Littlefoot. Traçando um paralelo, essa sequência me lembrou – e muito o início de “Bambi”, pois os diversos animais também aparecem ao redor do filhote para admira-lo. No entanto, devido a diferenças entre as espécies, o pequenino acaba desobedecendo a mãe, e vai brincar com Saura, uma tricorne, e acabam sendo perseguidos pelo Tiranossauro Rex. A mãe de Littefoot luta contra ele, mas acontece o grande terremoto que dividiu os continentes, e ela acaba finando no final desse evento.




Sozinho e perdido de seus avós, o pescoçudo vaga sem rumo por um tempo… No entanto, acaba encontrando a bico-chato Patassaura, e a convida para seguir na caminhada rumo ao Vale, passando pela pedra que parece um pescoçudo, e pelas montanhas de fogo. Nessa jornada, encontram o voador Petrucio – que estava mais pra caidor – e o rabo de espora, Espora (!?), e mais tarde, Saura acaba se juntando ao grupo, mesmo contra gosto.


Nunca haviam visto uma manada como essa, e que agora estavam juntos. O filme segue com cenas lindas de chuva, algo muito complicado de se animar, e altos e baixos nas emoções. Enquanto num momento, vemos os 4 se acomodando juntos para dormirem e Saura, para não sentir frio, acaba indo para perto deles, no momento seguinte vemos ela brigando com o pescoçudo e dividindo o grupo. E essa decisão quase custou a vida de todos, mas Littlefoot retorna para ajuda-los e salvando os amigos.




O filme é repleto de pequenas lições, justamente pelas características dos personagens que favorecem a condução da narrativa. Enquanto Littlefoot é um pouco ingênuo, é um pescoçudo de bom coração querendo o bem de seus amigos; Saura, a tricorne, é deveras orgulhosa, e isso mostra-se um grande problema, não só para ela, mas para o grupo também; a bico-chato Patassaura, é a faladeira do grupo, e divertida; Petrúcio, o voador, é o personagem medroso que não sabe voar e gosta de pegar carona nos companheiros maiores; e Espora, que é o mais devagar, preguiçoso, sonolento, e é mais na dele.


A dublagem é aquele capítulo a parte, que vale do início ao fim. O apatassouro, Littefoot e a saurolofo Patatassaura foram dublados pela Marisa Leal (“Baby” da Família Dinossauro; “Pequena Sereia”; e “Kitty” em X-Men Evolution), Saura pela Adriana Torres (“Heather” em Ilha dos Desafios; “Estrela Negra” em Os Jovens Titãs; e “Flora” em Clube das Winx), e o pterodáctilo Petrúcio pelo grande Mário Monjardim (“Pernalonga” em Looney Tunes e Tiny Toon; “Salsicha” em Scooby Doo; “Animal” em Muppet Babies). E ouvir com a primeira dublagem, é emoção na certa.


Atualmente, o filme é bem díficil de se encontrar nas lojas, quando vendido, vem num box com algumas das continuações. Minha surpresa, foi pela produção executiva ter sido a encargo de Steven Spielberg e George Lucas, algo que não recordava mesmo. E não é a toa que o resultado ficou tão espetacular.





“Em Busca do Vale Encantado” nos mostra um conjunto de lições envolvendo amizade, e busca pelos sonhos, mostrando que “certas coisas vemos com os olhos, e outras com o coração”. Acredito que para todos que assistiram na infância, se lembraram dessa turminha, e mesmo depois de grande continuaram se emocionando com essa história que se prolongou por mais 13 filmes, os quais não assisti, ainda, além da série de animação de 26 episódios.
É, creio que demandara um bocado de tempo para colocar em dia. Enfim, prefiro ficar com o original que foi o que me marcou.


Bom final de semana para todos.
Ateh o/

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Projeto #365 – 85/91


Dia 85 – Que delícia poder ter o namorado almoçando comigo em plena segunda! USP eu amo sua semana de saco cheio!


Dia 86 – Porque na agência é assim, quando acaba a luz a gente joga sinuca de um jeito muito mais legal.


Dia 87 –Jura que a pessoa nunca pensa que o livro um dia vai ficar velho?


Dia 88 –Primeiro dia do ano que usei bota. Ai que saudade dela!


Dia 89 – Faz muito tempo que comecei, colei na parede pra me lembrar que tenho que terminar. Como é grande o bixo!


Dia 90 –Quem disse que chuva é ruim? Sem ela não teria esse lindo espetáculo!


Dia 91 –Trabalhar: R$5,60 de ônibus. Almoço: R$9,20 por um Subway. Ficar com o namorado quando chega em casa: Não tem preço.

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Um Gato em Paris (2010)

Aproveitando o feriado, um filme mais leve, e também que concorreu ao Oscar de longa-metragem animado desse ano. Vamos falar um pouco dessa produção francesa dirigida por Jean-Loup Felicioli e Alain Gagnol e que dentre as empresas envolvidas, contou com a presença France 3 Cinéma (mesma de Persépolis), essa aventura desprentensiosa: “Um Gato em Paris” (“Une Vie de Chat”).


Começamos o filme, presenciando um assalto num museu, onde o meliante tem como parceiro um gato. Nesse primeiro momento, não sei porque o ladrão me lembrou muito o “vilão” de “12 Homens e Outro Segredo”. Mas enfim…



Amanhece na cidade e percebemos que o mesmo gato mora com a pequena Zoé, mas até então não é explicado a conexão entre os personagens. O que ficamos sabendo que a criança tem problemas de relacionamento com sua mãe, e devido a um incidente, mantem-se calada o que dificulta ainda mais a situação familiar, e apenas o gato Dino parece entender a menina.


Jeanne, a mãe, é delegada de polícia e está tentando prender o assassino de seu marido, tentando capturar o criminoso Victor Costa, o qual pretende realizar uma nova tentativa de roubo do Colosso de Nairóbi. Devido a isso, a menina passa mais tempo com Claudine – a empregada – e ela não consegue dar atenção a sua filha, enquanto não se livrar dessa assombração que lhe persegue.



A narrativa se desenvolve focando, na verdade, a aventuras do Dino, já que de dia ele fica em companhia da pequena Zoé, e a noite ao lado de Nico, autor de diversos roubos que a polícia esta investigando, percebemos as diversas aventuras que podem acontecer na vida desse felino ao longo de um mesmo dia.

Quando haviam anuciando os indicados ao Oscar, lembro que não conhecia esse longa metragem, e inclusive não tinha me chamado a atenção, tanto que nem sei o que me fez assiti-lo essa semana. Mas foi uma produção que não me arrependi… Primeiramente, o que chamou a atenção foi justamente esse traço particular da animação. Já nos primeiros minutos, me senti como se estivesse lendo os livros infantis que lia na escolhinha, que ao mesmo tempo trouxe um visual tão nostálgico, como uma sensação aconchegante de assistir ao filme.




Outra questão técnica a ser comentada, é o detalhe dos contornos coloridos e não pretos como comumente são. Isso já torna mais leve o visual e confortavel aos olhos, além de mais amigável para o público infantil. Assim como a própria trilha sonora, que remete a desenhos animados antigos, algo que lembre muito um jazz.



A sequência em que Nico corta o cabo de luz da casa em que estão os bandidos, é espetacular, o modo como traduzir em traços tal situação. Sinceramente uma das boas sacadas que fazem valer, ainda mais, assistir ao filme. O que me surpreendeu no final, literalmente, foram os créditos com uma liguagem que me lembrou os créditos de “Prenda-me se for Capaz”, e uma música como a dos filmes da Marvel.


Ao começar o filme, fiquei tentando entander se o título se referia ao bichano, ou ao larapio. Mas na verdade, acho que pode se referir tanto a um, como ao outro, ou – ainda – a ambos, hehe. “Um Gato em Paris” com certeza é uma boa pedida para esse feriado, ainda mais que o filme é de apenas 1 hora, então você não tem desculpa para não vê-lo.


Bom feriado para todos.
Ateh o/

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Inspiração: Elvis Benício

Elvis Benício

Elvis Benício foi um dos designersbarrailustradores que conheci nessas andanças internéticas e da vida. O estilo dele é bem característico, sempre com uma mistura de coisas feitas a mão juntamente com manipulações no computador, uma das coisas que mais busco para meus trabalhos, por isso ele se tornou uma inspiração pra mim.

Ele tem 26 anos e é diretor de arte da Chico Rei, loja virtual que já falei por aqui no blog e um dos membros brasileiros da THE KDU. Atualmente ele está investindo mais nas redes sociais e lançou um vídeo, mostrando um pouquinho do trabalho dele. Vale a pena conferir todo o trabalho desse moço que é super talentoso.

Workaholic Graphic of Elvis Benício from inhamis on Vimeo.

Vídeo produzido por Inhamis.com.