Anne with an E, a série mais fofa de todos os tempos.
A história
“Depois de treze anos sofrendo no sistema de assistência social, a orfã Anne é mandada para morar com uma solteirona e seu irmão. Munida de sua imaginação e de seu intelecto, a pequena Anne vai transformar a vida de sua família adotiva e da cidade que lhe abrigou, lutando pela sua aceitação e pelo seu lugar no mundo.”
De onde veio
A série foi inspirada no livro de 1908, “Anne of Green Gables” de Lucy Maud Montgomery e foi exibida pelo canal CBC, porém atualmente se encontra disponível na Netflix, mas procurando na internet descobri até desenho animado com a personagem.
O que achei?
Eu acabei de ver esta série e tive que fazer este post. Sei que ele vai ser agendado, mas queria deixar fresca aqui a memória de quem acabou de ver sete episódios lindos, delicados e poéticos.
Anne é uma menina adorável, Amybeth McNulty faz um trabalho magnífico com a personagem que mostra uma inocência com misto de experiência e maturidade devido a suas experiências de vida, ela vai te cativando por sua espontaneidade e carisma. Como ela tem coragem de se achar feia e ainda reclamar daquele cabelo? Nunca saberemos.
Vemos nesta série crianças e idosos vivendo e aprendendo uns com os outros e pra mim esta foi uma das coisas que mais me agradou. Os mais velhos remoem o passado relembrando coisas que poderiam ter sido, amores que podiam ter vivido e os mais novos em busca do novo, do conhecimento e de rumos. Além de acompanhar os aprendizados e dramas de Anne, também acompanhamos um momento de revolução nos ideais sociedade, quando as mulheres começaram a questionar e a querer tomar seus lugares, a querer um trabalho fora ao invés de apenas cuidar da casa. Muitos dos questionamentos da série vem do feminismo e isso é um presente para que assiste.
Acompanhamos as descobertas de Marilla e Matthew, irmãos que não se casaram e que agora começam a se abrir para novos sentimentos. Os dois crescem demais com a chegada de Anne e é lindo vê-los desabrochar e se conhecerem mais. A série trata de bullying, morte, adoção, preconceitos e assuntos mais sérios com a delicadeza de uma brisa e acho que estou liberada pra dar uma de poetiza aqui depois de tanta inspiração.
Eu posso não ser ruiva, nem órfã, mas de um certo jeito Anne me lembrou muito eu mesma, questionadora, lutando pra se encontrar no mundo e cheia de dúvidas sobre si mesma. Certeza também que ela é de câncer, porque chora demais e faz um drama. Em cada lágrima dela, lá estava eu deixando a minha cair do lado de cá. Apaixonada é como eu descreveria Anne. Apaixonada por descobertas, conhecimento, vida, natureza e pessoas que estão ao redor dela.
O melhor episódio
Pra mim com certeza o que Anne acorda de madrugada depois de sua primeira menstruação. Tantos questionamentos, descobertas e visões diferentes. Como era a vida das mulheres na época, como elas tinham que ficar reclusas e não podiam quase conversar sobre o assunto. Tudo um tabu gigantesco.
No final das contas esta série foi um presente. Se você não assistiu ainda, vou te dar mais alguns motivos: a fotografia é de deixar o queixo caído e a abertura… ah a abertura. Suspiro só de ouvir a música.
Frases
“Às vezes, é preciso deixar as pessoas amarem você.”
“A vida é curta demais para ser gasta fomentando animosidade ou remoendo erros.”
“É isso que você precisa decidir: viver uma vida sem arrependimentos.”
“Grandes palavras são necessárias para expressar grandes ideias.”