Categorias: Ilustrações

Inktober 2017

inktober 2017

O que é o Inktober?

O Inktober já é um evento quase que obrigatório para ilustradores que estão neste mundão de internet. Acho que Jake Park, artista estadunidense que criou este desafio, não imaginava a proporção que a ideia que ele teve iria tomar, hoje rolando nos sketchbooks de artistas pelo mundo todo, desde os mais iniciantes até os artistas mais conhecidos, todo mundo no mesmo barco.

Eu e o Inktober

Comecei participando do Inktober em 2015, com o tema “Girls at The Sea”, que virou um zine fofinho que vendi por aqui, e ano passado fiz o tema kung fu para treinar um pouco mais de tecidos e movimentos. Para ente ano eu quis aproveitar a vibe das minhas férias sabáticas e escolhi o tema Paris. Assim eu poderia treinar cenários e composições.

Comecei o projeto aqui no Brasil mesmo, que foi complicado pois eu teria que desenhar coisas por referências fotográficas, mas depois chegando lá tudo ficou mais fácil e me joguei nos sketches urbanos. Foquei em desenhos feitos rapidamente, sem muita borracha – afinal estava bem frio – assim treinava um pouco mais a velocidade, e por este motivo o inktober foi se transformando ao longo do mês. Ficou meio sem unidade, mas quem disse que tem que haver uma? A ideia era DESENHAR!

Foram trinta e um desenhos bem diferentes, mas que eu fiquei bem feliz em fazer.

Quem acompanhou? Curtiram?

Categorias: Indicação, Variedades

Patches: Comprando em Viagens

Mochila com patches

Depois da minha última viagem em 2014 eu entrei numa de comprar patches pra colocar na minha mochila. Não é muito fácil encontrar essas belezinhas por aqui no Brasil, principalmente temática de lugares, mas nem por isso a gente encontra mais fácil fora. Eu fui querendo comprar um em cada lugar que ia, mas não deu muito certo. Nem na Disney Paris eu consegui achar um bonitinho com princesa pra colocar na mochila – alow Disney, cadê os patches? – mas foi uma questão de procurar um pouco e pude enfeitar a minha mochila.

mochila com patches

Patches de lugares

Em Edimburgo (Escócia) e no Monte Saint Michel (França) eu encontrei alguns com o nome do lugar e preços bem bacaninha – $2/$3 euros – esses foram os mais fáceis, pois em praticamente quase todas as lojinhas de tranqueiras pra turistas tinham eles. A diferença é que nenhum veio com a cola atrás e tive que costurá-los na mochila. Uma mão de obra, mas achei que assim fica mais fácil de tirar e colocar na próxima mochila quando precisar trocar.

patch novo

Patches divertidos

Se tem um lugar que eu apaixonei foi a lojinha de Edimburgo, Pie in the Sky. Eu entrei procurando tintas coloridas pra cabelo e acabei pirando. Eles tinham uma quantidade imensa de patches divertidos, lindos e de todos os tamanhos. Desde temas de cultura pop até livros e ideologias. Os preços eram mais salgadinhos – $6/$12 libras – mas eu escolhi um e foi super fácil de aplicar. Qualidade ótima!

patches
O último que comprei foi na França, em Paris em uma loja que vende coisas militares. Uniformes, botas, boinas, mochilas, tudo que é indumentária de forças armadas e de vários lugares do mundo. Cada parca maravilhosa com bordados que eu namorei lá dentro! Mas o que achei e gostei mesmo foram os patches. Eram vários, com mapas, bandeiras e coisas relacionadas. Eu tive que pegar um pra mim e acabou sendo um que vai me dar forças em caso de apocalipse zumbi.

Vocês também são fãs de patches? Onde vocês grudam?

Onde comprar patches?

Loja militar em Paris – Doursoux Surplus
3 Passage Alexandre – 75015

Loja fofa em Edimburgo – Pie in the Sky
47 Cockburn St, Edinburgh EH1 1BS

Categorias: Vida Real

E aí que eu voltei de viagem

Giverny - viagem França

Quem me segue em algumas redes sociais percebeu que eu dei uma viajada por esses tempos, mas eu não tinha contado nada por aqui, então vamos atualizar a situação, afinal, eu adoro contar as coisas aqui no blog!

Começamos planejando

No começo do ano o noivo aproveitou uma possibilidade dada pela empresa que ele trabalha e resolveu que iria fazer um intercâmbio. Seriam nove semanas estudando inglês para melhorar as habilidades dele. Eu não iria acompanhá-lo nessa empreitada, mas mesmo assim apoiei ele em todos os momentos pra que ele realizasse essa vontade dele, afinal, a gente tá junto pra isso. Colocamos como meta economizar grana pra que ele conseguisse pagar tudo e ainda tivesse um dinheiro pra ir pra lá e nos preparamos o ano inteiro pra isso. Ele escolheu Edimburgo – capital da Escócia – como lugar pra fazer isso e eu decidi que iria viajar pra Europa com o que eu tinha de economia, ficaria um tempo com meu irmão que mora em Paris e de lá partiria pra encontrá-lo.

E aí chegou o dia dele

Dia primeiro de setembro lá ia ele embora para as terras do kilt e eu ficava por aqui. Neste tempo uma coisa doida aconteceu: achei um freela que me consumiu bastante tempo, mas que me distraiu até a data de viajar pra França. Foi uma experiência que eu sinto que precisava, pois já faziam três anos que estava fora das agências, mas isso é assunto pra outro post. Também trabalhei dobrado pra deixar tudo agendado para o período que eu não estaria aqui. Posts do blog, Facebook da Alpaka, clientes e tudo mais.

Foram 42 dias que passaram lentamente. Como ficar longe de quem a gente gosta faz o tempo ser distorcido? 42 dias que pra mim pareceram uma década.

Flores e Invalides ao fundo - viagem França

E aí chegou o meu dia

Antes de ir pra França passei uma semana na minha terra natal, aproveitando chamego da família toda, mas ai chegou meu dia e fui. Dia 12 de outubro peguei um avião rumo a França. O primeiro dia foi OK, mas passei dois dias com crise de pânico. Amigos, não desejo pra ninguém. Nunca tive uma crise tão forte. Mas graças ao meu irmão – ele é um ser maravilhoso, já contei? – que me ouviu e conversou muito comigo, tudo passou e eu consegui aproveitar dias deliciosos e tranquilos em Paris.

E ai chegou o nosso dia

Desenhei, fui pra Disney (vou contar TUDO aqui), conheci a casa do Monet, andei de bicicleta pela cidade e dia 3 de novembro foi o grande dia. Dia do meu relógio parar de andar tão devagar e reencontrar o noivo. Sim, saí correndo no aeroporto de Edimburgo, pulei no colo dele com mochila pesada, assustei ele e chorei muito. Contarão esta história em canções com gaita de fole para sempre.

De cima do Arthur's Seat

Ai tudo passou rápido

Fiquei quatro dias conhecendo o lugar que acolheu o noivo por dois meses – e que lugar! – voltamos para Paris e de lá saímos numa viagem com o meu irmão, a namorada dele e o irmão dela. Foi lindo, tivemos experiências incríveis e logo estávamos de volta em Paris pra correr pra ver algumas coisas e voltar pra casa. É engraçado que depois tudo foi correr, mas foi tão bom!

Aí que depois de tudo isso de aventuras eu voltei. Acho que não sou a mesma que foi. Tenho algumas coisas na cabeça que quero fazer, tenho sonhos pra correr atrás e algumas decisões pra fazer que ainda me faltam, mas pode ser que vocês logo saibam disso.

Quero contar tudo que vi por aqui, assim como fiz com a minha outra viagem, e espero que vocês gostem das dicas e de tudo mais. Obrigada por ler até aqui. =D

Categorias: Resenhas, Séries

Assistir: Anne with an E (2017)

Anne with an E, a série mais fofa de todos os tempos.

Anne de pé na carroça com Matthew segurando seu chapéu, chegando em Green Gable.

A história

“Depois de treze anos sofrendo no sistema de assistência social, a orfã Anne é mandada para morar com uma solteirona e seu irmão. Munida de sua imaginação e de seu intelecto, a pequena Anne vai transformar a vida de sua família adotiva e da cidade que lhe abrigou, lutando pela sua aceitação e pelo seu lugar no mundo.”

De onde veio

A série foi inspirada no livro de 1908, “Anne of Green Gables” de Lucy Maud Montgomery e foi exibida pelo canal CBC, porém atualmente se encontra disponível na Netflix, mas procurando na internet descobri até desenho animado com a personagem.

Anne e Gilbert

O que achei?

Eu acabei de ver esta série e tive que fazer este post. Sei que ele vai ser agendado, mas queria deixar fresca aqui a memória de quem acabou de ver sete episódios lindos, delicados e poéticos.

Anne é uma menina adorável, Amybeth McNulty faz um trabalho magnífico com a personagem que mostra uma inocência com misto de experiência e maturidade devido a suas experiências de vida, ela vai te cativando por sua espontaneidade e carisma. Como ela tem coragem de se achar feia e ainda reclamar daquele cabelo? Nunca saberemos.

Vemos nesta série crianças e idosos vivendo e aprendendo uns com os outros e pra mim esta foi uma das coisas que mais me agradou. Os mais velhos remoem o passado relembrando coisas que poderiam ter sido, amores que podiam ter vivido e os mais novos em busca do novo, do conhecimento e de rumos. Além de acompanhar os aprendizados e dramas de Anne, também acompanhamos um momento de revolução nos ideais sociedade, quando as mulheres começaram a questionar e a querer tomar seus lugares, a querer um trabalho fora ao invés de apenas cuidar da casa. Muitos dos questionamentos da série vem do feminismo e isso é um presente para que assiste.

Acompanhamos as descobertas de Marilla e Matthew, irmãos que não se casaram e que agora começam a se abrir para novos sentimentos. Os dois crescem demais com a chegada de Anne e é lindo vê-los desabrochar e se conhecerem mais. A série trata de bullying, morte, adoção, preconceitos e assuntos mais sérios com a delicadeza de uma brisa e acho que estou liberada pra dar uma de poetiza aqui depois de tanta inspiração.

Eu posso não ser ruiva, nem órfã, mas de um certo jeito Anne me lembrou muito eu mesma, questionadora, lutando pra se encontrar no mundo e cheia de dúvidas sobre si mesma. Certeza também que ela é de câncer, porque chora demais e faz um drama. Em cada lágrima dela, lá estava eu deixando a minha cair do lado de cá. Apaixonada é como eu descreveria Anne. Apaixonada por descobertas, conhecimento, vida, natureza e pessoas que estão ao redor dela.

O melhor episódio

Pra mim com certeza o que Anne acorda de madrugada depois de sua primeira menstruação. Tantos questionamentos, descobertas e visões diferentes. Como era a vida das mulheres na época, como elas tinham que ficar reclusas e não podiam quase conversar sobre o assunto. Tudo um tabu gigantesco.

No final das contas esta série foi um presente. Se você não assistiu ainda, vou te dar mais alguns motivos: a fotografia é de deixar o queixo caído e a abertura… ah a abertura. Suspiro só de ouvir a música.

Frases

“Às vezes, é preciso deixar as pessoas amarem você.”

“A vida é curta demais para ser gasta fomentando animosidade ou remoendo erros.”

“É isso que você precisa decidir: viver uma vida sem arrependimentos.”

“Grandes palavras são necessárias para expressar grandes ideias.”