Desde 1995 o dia 27 de abril é o Dia Mundial do Design, celebrando o aniversário da Icograda, Conselho Internacional de Associações de Design Gráfico. Legal, né?
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O design surgiu por volta 1920 junto com a Revolução Industrial, mas eu concordo com o ponto de vista que ele surgiu quando as pessoas começaram a criar objetos para ajudar em seus afazeres, inventando objetos que sanassem uma necessidade. Claro que esta é uma visão precária sobre o que é o design, mas querendo ou não aí surgiam idéias que aperfeiçoadas geraram muitas coisas úteis, como o escorredor de arroz por exemplo, inventado pela cirurgiã-dentista Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowich em 1959, patenteado e hoje nas casas de todo mundo!
Senta que lá vem a história…
Com a Revolução Industrial e a divisão de tarefas dentro das indústrial, pessoas começaram a fazer o papel de projetistas. Com o passar do tempo os designers que começaram criando motivos para cerâmicas, estampas para tecidos, passaram para diagramação de revistas e livros, ilustração, cartazes políticos ou idealistas, até chegar nos dias de hoje.
“AH! que legal, você é designer? O que você desenha?”
Muita gente hoje em dia pensa que o designer é o cara que desenha. Design vem do inglês “projetar”, claro que o desenho faz parte do processo, mas é apenas uma parte dele. Como dizem alguns dos meus professores “o desenho, que é a parte mais gostosa do projeto, é a menor parte”. Temos que aplicar conceitos, regras e normas em produtos, qualquer que sejam eles, e não apenas sair rabiscando um papel e entregar isso ao próximo da fila de produção(maioria das vezes os engenheiros) ou ao cliente.
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“Eu sou designer de… – “
Há várias subdivisões dentro da área de design e isso faz com que ele abranja uma grande quantidade de empresas e segmentos. Temos o design gráfico, que se divide em áreas como Branding (identidade corporativa), embalagens, editorial, sinalização, informação, web, tipografia(tipos/fontes) etc, e o design de produto que atua na área de projetos, ergonomia, qualidade etc. São muitas as opções para quem entra nesse universo de formas, cores e textos e os segmentos são os mais variados o que deixa meio difícil na hora de escolher pra onde vamos, no meu caso eu não sabia o seguimento que eu queria seguir até meu segundo ano de faculdade.
“Eu sou designer! Fiz 6 meses de cursinho Eurolins”
Esses cursos na maioria das vezes ensinam apenas a mexer nas ferramentas, Corel, Illustrator, Flash, Photoshop, mas nunca ensinam a teoria de nada. Não caro amigo leitor que ficou indignado, não é teoria do Corel é teoria da cor, forma, Gestalt, plástica, equilíbrio, tudo isso que você provavelmente não tem nem noção do que se trata. Ai saímos vendo trabalhos em gráficas que são de acabar com a vista de qualquer um que tenha bom gosto e noção de arte e design.
Não, design não é uma profissão regulamentada. Desde 1980 foram submetidos cinco projetos de regulamentação ao Congresso, todos arquivadinhos lindamente lá nas gavetinhas. Mas por que regulamentar? Simples, com a regulamentação haveria o início de uma fiscalização, que iria garantir melhor conduta profissional, o designer será responsável por tudo que ele produzir e projetar, assim como um engenheiro e um arquiteto. Sem registro, o poder público não pode “comprar design” por meio de licitação ou concorrência, seja para projetos de identidade visual, de mobiliário, de um website e outros de interesse da sociedade.
Esse assunto é super polêmico dentro da área de design e se você quizer saber mais, o texto do Andafter é bem simples e resumido e explica até o porque de não se regulamentar a profissão.
Tirinhas “Malditos Designers” por Rômulo.