Categorias: Leituras

HQ: Astronauta Magnetar | Danilo Beyruth

“O Astronauta, personagem que singra o espaço sideral sozinho em sua nave há anos, visita uma galáxia distante para estudar um magnetar, uma estrela de nêutrons que possui um campo magnético estimado em 1 bilhão de teslas. Mas ele comete um erro que pode custar sua vida. Agora, com a nave danificada e sem comunicação, ele está “náufrago no espaço” e precisa encontrar uma forma de escapar antes de ser derrotado pela insanidade que insiste em tomar sua mente. E a saída pode estar em aliar a tecnologia aos ensinamentos de seu velho avô, há tanto tempo falecido…”

Finalmente consegui encontrar o primeiro exemplar do MSP Graphic e tenho que confessar que foi o mais “cabeça” de todos até agora. Com ilustrações lindas, Danilo Beyruth vem com uma história cheia de reflexões que me lembrou muito “2001 – Uma Odisséia no espaço”. Faz pensar, faz ficar embasbacado com as ilustrações, os movimentos e vale estar na coleção! Corre que ainda dá pra achar.

Categorias: Ilustrações, Vida Real

“Quando eu crescer…”

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Quando eu era pequena eu respondia as coisas mais bizarras do mundo quando alguém me perguntava o que eu seria quando crescer. A única que tenho memória é a resposta: faxineira. Achava legal mexer na água e adorava a moça que trabalhava lá em casa, então achava aquilo demais.

O tempo passou, eu cresci um pouco e não pensei mais nisso até chegar a hora do vestibular. Eu era meio perdida, adorava muitas matérias e não conseguia me decidir. Quis fazer engenharia mecatrônica, quando finalmente entendi física e matemática e comecei a me divertir em cima dos “intocáveis” do cursinho. Quando vi estequiometria me apaixonei pela química e seus vidros, mas a biologia era tão legal e me apresentava estudos tão divertidos, eu poderia estudar as baleias e finalmente quem sabe, nadar com uma delas. A única coisa que eu realmente não gostava / gosto é português. Sempre fui um lixo nas regras, mas em redação eu fui descobrir que mandava bem quando meu professor do cursinho, corretor das redações da UNICAMP, me deu um 7,5.

Em meio a tantas opções, eu descobri graças a um amigo meu o curso de design. Mão na massa, pesquisa, estudo de caso… era tudo tão lindo. Eu ainda tinha a chance de usar e aprimorar meus dotes artísticos de desenho. Foi um curso que não me arrependo um segundo de ter feito, coube em mim como uma luva. O problema é que o mercado de design é bem amplo, ainda é pouco reconhecido, os salários são meio ruins e por aí eu poderia desenvolver uma enorme dissertação. Foi aí que cai na vida das agências de publicidade, onde a vida é bem puxada, mas na hora que você recebe aquele trabalho que você fez, todo impresso e lindo, cheirando impressão nova, é tão bom!

No meio de todas essas dúvidas profissionais eu sempre tive um hobby: desenhar. Nem sei quando começou, mas na faculdade eu dei um up nas aulas de desenho, plástica, rendering, ilustração e gravura, o que me fez encarar de uma outra maneira o desenho. Sempre segui ilustradores, sempre adorei ver trabalhos bonitos, sempre amei livros de art concept… isso é uma coisa que sempre esteve comigo e que eu sempre tive como um gosto.

Quando me mudei pra uma cidade maior, comecei a ter um contato maior com essas “coisas de arte e ilustração”. Fiz um curso gratuito no SESC com o pessoal do Coletivo Semo, nele tive contato com gente que gosta e até vive de arte. Trabalhei em grupo criando um quadro, foi bem interessante e animador. Depois de um tempo, resolvi que ia começar aulas de ilustração em uma escola daqui, não sei porque, senti que queria. Mas tudo mudou quando fiz um workshop com a Sabrina Eras em São Paulo. A começar pelo lugar: Sala Ilustrada. Um lugar que me deu arrepios de felicidade. Não sei explicar, mas é como se eu estivesse entrando no mundo mágico do desenho. Sabe criança no natal quando vê a árvore com presentes? Era eu. Maravilhada com tudo aquilo que eu nunca tinha visto na vida. Pra completar, a Sabrina além de fofa foi falando coisas com as quais fui me identificando e a partir dalí eu entrei em um sonho de desenhos e cores.

Nunca me dediquei tanto ao desenho como venho fazendo desde aquele fim de semana chuvoso cheio de aquarela e secador de cabelo. Desenhando todos os dias, indo as aulas e agora com mais uma aula particular pra apurar as habilidades. Sei que depende só de mim, mas sabe quando bate aquela coisinha?

E se todo mundo fala que é bom só por pena? E se eu só tiver a vontade, mas não tiver talento? Será que estou fazendo certo?
Será que eu posso dar certo fazendo isso? Tem tanta gente meio ruinzinha na internet que tem 10 vezes mais seguidores e compartilhamentos que eu… será que estou errada? O que que eu faço?

Droga de perguntas que me assombram!

Categorias: Leituras

HQ: Chico Bento – Pavor Espaciar | Gustavo Duarte

“Tinha tudo para ser mais uma noite tranqüila na Vila Abobrinha. Mas Chico Bento, o seu primo Zé Lelé, o porco Torresmo e a galinha Giserda acabam abduzidos por alienígenas que têm planos sinistros. Em Pavor Espaciar, o autor Gustavo Duarte reinterpreta os personagens de Mauricio de Sousa mesclando perigo, aventura, suspense e humor.”

História ilustrada e criada por Gustavo Duarte, “Pavor Espaciar” é mais uma HQ da série MSP Graphic da Maurício de Souza Produções que vem com aquela carinha diferente do que estamos acostumados com a turminha. Esta história é toda especial para Chico Bento, Torresmo e o pessoal lá da roça e vem cheia de suspense, diversão e ilustrações lindas de morrer. Tudo feito com amor e muito esmero, a história surpreende pelos espaços amplos dos quadrinhos e todo o movimento que Gustavo Duarte conseguiu passar nas páginas.

Muito fofo e divertido! Além disso, você também encontra ele nas versões com capa dura (R$ 29,90) e capa molinha (R$ 19,90).

 

Resenha da Saraiva

Categorias: Vida Real

Menos é mais

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Esqueça o salto alto, a maquiagem, a bolsa e aquele vestido que você usa mesmo se sentindo desconfortável, só porque alguém te disse que você ficava muito bem nele. Deixe de lado o celular com wi-fi, a tablet com joguinhos e aquele PSP que você joga horas a fio. Esqueça tudo aquilo que você possui e pergunte, o que te resta?

Quando eu tinha 13 anos eu criei um blog pra poder contar sobre meus dias, problemas, reflexões e descobertas. Gostava de ler blog das pessoas que contavam as vezes problemas tão parecidos com os meus e entendia que eu não era a única que pensava ou passava por aqueles momentos. Escolhi ter blog para poder ter um espaço meu nessa rede enorme de pessoas e dividir o que eu gosto com todo mundo, assim como minhas fotos, meus desenhos e porque não, um pedacinho da minha vida.

O tempo foi passando e as coisas foram se transformando. Meninas que eu seguia desde sei lá quando começaram a se profissionalizar e terem seus trabalhos reconhecidos, tornando-se blogueiras profissionais. Mas com tanta blogueira legal começando a ser vista por marcas famosas, recebendo produtos pra teste, brindes, etc, surgiu uma orda de blogs voltados para maquiagem, roupas e acessórios, vindas de um mundo distante, todos de olho em brindes, produtos e “vale-coisas”, mas este não é o ponto que quero.

Nunca fui muito chegada em maquiagem, hoje tenho o básico pra uma festa e pro trabalho, não ocupa nem uma gaveta da minha pequenina casa. Minhas roupas são simples, a maioria do meu guarda-roupa é da marca “Prima Cresceu”, “Netinha, não-serve-em-mim-você-quer?” e “Comprei mas não usei – by Minha Mãe”. As bijouterias são feitas/ganhadas pela minha avó, algumas eu mesma fiz. Meus looks do dia seriam a maioria de “a calça de segunda na sexta” e “roupa que serviu hoje porque estou enorme e vou ficar menstruada”. Gosto de me vestir direito, mas uso o que tenho, tudo simples, baratinho e com isso tento fazer milagres matutinos antes de ir pro trabalho. Quando comecei a seguir muitos blogs de moda/make/esmaltes comecei a ser fisgada pelo anzol do capitalismo exacerbado. Queria tudo, sempre um esmalte novo, uma blusinha aqui, uma sombrinha ali… mas aos poucos eu fui percebendo que eu estava indo pra um caminho que não era eu.

Eu respeito as meninas que fazem o trabalho sério, com reviews de coisas que eu queria saber como eram e funcionavam, mas o mundo do blog está se transformando em uma coisa fútil e inútil. O culto a uma imagem malucamente arrumada e perfeita está transformando meninas novinhas em peruas cheias de pó de arroz que cobrem seus rostos sem uma espinha sequer. “Eu quero isso” é o hino das mulheres, que parecem nunca estarem satisfeitas. Concordo que se arrumar e sentir-se bonita é importante, mas temos que viver nessa maré de compra-compra? Agora surgem blogueiras fitness malucas que buscam “barrigas negativas” e corpo malhado. Pra mim ser saudável não tem nada a ver com ser malhada. Ser saudável é ter um IMC dentro da média, praticar exercícios e se alimentar bem, não importando a forma que você vai apresentar no seu corpo.

Vamos viver o tempo das emoções e não da posse. Menos gastos com coisas supérfluas, mais passeios nas tardes de domingo e viagens pra conhecer lugares novos.