Categorias: Leituras

HQ: O Bestiário Particular de Parzifal | Hiro Kawahara

A delicada e bela Parzifal

Capa do O Bestiário Particular de Parzifal, preta com as letras pequenas escritas em azul no topo e uma ganhada de animal em branco no meio

O Projeto

Em junho do ano passado o querido do Hiro Kawahara, ilustrador que sou mega fã, lançou mais um projeto no Catarse, desta vez com jeitinho delicado, bem diferente de Yowyia e Maravilhoso, quadrinhos anteriores dele que já havia comentado por aqui.

Como uma boa seguidora, fã e padawan que sou, logo pedi meu exemplar que chegou por aqui esta semana e já foi devoradíssimo.

Cena de O Bestiário Particular de Parzifal

A História de Parzifal

Anos atrás, uma gestante consultou uma cartomante, que lhe disse que sua filha teria uma vida muito difícil e sofrida. Para fugir deste destino, a mãe leva a criança para viver em uma floresta, acreditando que ali ela estaria segura das dificuldades que a vida lhe reservava. Sem pai e com uma mãe imatura que vivia fora da realidade, Parzifal cresceu sem referências.

Para suprir suas carências, criou muitos amigos imaginários que da melhor maneira possível, eles educaram e a protegeram até a vida adulta, um período muito maior do que lhes era permitido. Na mente de Parzifal, eles tornaram-se criaturas reais, com qualidades, problemas e inseguranças típicas dos humanos.

Um dia, Parzifal sai da floresta para dar à luz na cidade e precisa deixar seus amigos imaginários. A partir daí, sua vida começa a desandar ladeira abaixo. Como nunca aprendeu a lidar com problemas, Parzifal simplesmente fingia que eles não existiam, o que gerava consequências ainda piores.

kit O Bestiário Particular de ParzifalKit da HQ que veio com cards dos personagens, sketchbook fofinho e bottom.

Sobre o Quadrinho

Eu sabia que esta história do Hiro seria mais delicada, mas não sabia que no final eu ia ter adorado tanto. Ele conseguiu explicar bem algumas coisas sem muitas páginas, apenas em falas e fez as passagens de tempo serem bem dinâmicas, assim o quadrinho ficou bem movimentado e eu queria correr logo pra saber o fim da história de Parzifal.

A história é bem triste, porém coloca em chave a ideia que a própria Dory fala em “Procurando Nemo”: “Se você não deixar nada acontecer com ele, então nada vai acontecer com ele.” Parzifal sofre no mundo que ela não conhecia por super proteção da sua mãe e com isso a ideia de protegê-la vai por água a baixo.

Os desenhos estavam demais, claro, eu fiquei apaixonada pelos amigos imaginários que estavam tão bacanas e com um jeito que o Hiro sabe fazer muito bem e é tão característico dele.

Senti apenas falta de uma explicação para Parzifal aparecer grávida, podia ter rolado uma breve explicação de que ela se apaixonou e foi largada, algo assim, pois parece que ela concebeu a criança de nada, tipo um milagre.

Se você estiver procurando uma HQ delicinha de ler, indico muito mais esta obra do Hiro. Ou você já andou lendo?

Categorias: Leituras, Resenhas

Leitura: A Grande Magia | Elizabeth Gilbert

A Grande Magia – Você tem medo de quê?

 

A Grande Magia
Imagem

 

Sinopse

“Ao compartilhar histórias da própria vida, de amigos e das pessoas que sempre a inspiraram, Elizabeth Gilbert reflete sobre o que significa vida criativa. Segundo ela, ser criativo não é apenas se dedicar profissional ou exclusivamente às artes: uma vida criativa é aquela motivada pela curiosidade. Uma vida sem medo, um ato de coragem.
A partir de uma perspectiva única, “Grande Magia” nos mostra como abraçar essa curiosidade e nos entregar àquilo que mais amamos. Escrever um livro, encontrar novas formas de lidar com as partes mais difíceis do trabalho, embarcar de vez em um sonho sempre adiado ou simplesmente acrescentar paixão à vida cotidiana. Com profunda empatia e generosidade, Elizabeth Gilbert oferece poderosos insights sobre a misteriosa natureza da inspiração.”

O que achei?

Primeiro eu quero agradecer todas as pessoas que me indicaram este livro. Foram várias. Ele é bem auto ajuda mesmo, mas focado em criatividade e é como se todas as carapuças servissem em mim. Acho que se eu disser que este livro deveria ser meu livro de cabeceira seria exagero, pois eu sei que raramente irei lê-lo novamente, mas caiu como uma luva para o momento que estou vivendo.

Elizabeth conta nesta obra como ela faz para manter a sanidade no meio do trabalho criativo, e ainda traz causos e histórias de pessoas que passaram pela vida dela. É como se este livro fosse uma brisa fresca no meu rosto enquanto eu lia, como se alguém entendesse realmente o que sinto e me desse vários tapas no rosto me mandando acordar.

Se por acaso você vive ou pretende viver de sua criatividade, este livro pode ser sua salvação ou sua ruína, mas prefiro entender ele como uma mapa pra te guiar, um psicólogo pra te ouvir e uma mão pra te acalentar. Muitas coisas vieram na minha cabeça enquanto eu lia, muitas coisas foram decididas e eu espero que quem leia sinta a mesma coisa que eu.

Citações

“Precisamos ter a obstinação e aceitar nossa felicidade em meio às cruéis provações deste mundo.”

“Talvez consiga se sustentar com suas atividades, talvez não, mas pode reconhecer que não é isso que importa de fato. E, quando chegar ao final de seus dias, poderá agradecer à criatividade por tê-lo abençoado com uma existência encantada, interessante e apaixonada.”

“Por que não?”

“Crie aquilo que faz seu coração bater mais forte. O resto virá por si só.”

“Pare de reclamar. O mundo não tem culpa de você ter decidido ser artista.”

Categorias: Viagens e Passeios

Turismo em Edimburgo: Jardim Botânico Real | Escócia

Viagem pela Escócia: Jardim Botânico Real em Edimburgo

turismo em edimburgo

Quando o noivo decidiu por Edimburgo como cidade pra fazer o intercâmbio rápido que ele ia fazer, eu logo dei um jeito de ir me encontrar com ele. Foi tudo sem esperar, eu ia usar a pouca economia que eu tinha feito, mas sabia que tinha que conhecer este novo lugar. Saí de Paris, onde estava com meu irmão e fui de avião pra lá. Eu e o noivo ficamos em uma Guest House – isso tudo vou contar em outro post – e o primeiro passeio que ele me levou pra fazer foi o Royal Bothanic Gardens (Jardim Botânico Real).

Sobre o Jardim Botânico Real

Surgiu em 1670 como um lugar para cultivo de plantas medicinais. É agora um renomado centro de ciência de plantas, horticultura e educação. Existem quatro destes parques espalhados e eles estão em Edinburgo, Benmore, Dawyck e Logan, e possuem uma quantidade riquíssima de plantas.

O que achei?

Eu fui sem esperar em todos os passeios que fiz na Escócia. O noivo ficou dois meses lá e tinha a missão de me impressionar, mas depois que se chega em Edimburgo, tudo que você faz é impressionante.

O jardim é bem grande e tem várias áreas temáticas: tem um jardim meio japonês, uma fonte, lago, flores de vários jeitos, inclusive suculentas que eu fiquei apaixonadíssima! Pra mim, conhecer lugares deste jeito abre minha cabeça para novas faunas e floras, o que vejo que pode me enriquecer muito como profissional das artes. Imagino que em temporadas de flores, como verão e primavera, o parque fique bem mais deslumbrante, e no inverno com a neve e os enfeites de natal seja de tirar o fôlego.

Uma das coisas que mais achei legal foi uma parte do parque dedicada a Rainha Elizabeth e que tem uma casa com o interior todo feito em conchas e pinhas. Coisinha linda e chuchu de se ver.

Como visitar?

Entrada: Grátis. Apenas algumas exibições cobram ingresso.
Horário de visitação: Varia e acordo com a estação do ano e condições climáticas, então vale olhar diretamente no site deles para saber melhor.
Como chegar? Fomos a pé mesmo da Princess Street.
Tempo de Passeio: Vai do grau de entusiasmo por plantas. O lugar é bem grande e ficamos umas duas horas por lá.

Categorias: Resenhas, Séries

Assistir: O Justiceiro (2017)

O Justiceiro – É bruto mesmo!

Sinopse

“Depois de se vingar dos responsáveis pela morte da sua esposa e filhos, Frank Castle (Jon Bernthal) desvenda conspiração mais profunda que submundo do crime em Nova York. Conhecido agora na cidade como Justiceiro, ele precisa descobrir a verdade sobre as injustiças que afetam mais do que apenas sua família.”

O que achei?

Depois da aparição de Frank na série do Demolidor, todo mundo estava esperando ansioso pra saber como seria a série solo do personagem. Eu pelo menos estava querendo muito e a Netflix não desapontou.

A gente já sabia da história de vida sofrida e da busca de vingança que o personagem interpretado por Jon Bernthal trava por aí desde a série do Matt Murdock, mas eles explicam tudo pra quem não viu depois de uma introdução na nova vida que Frank leva. Dá pra ver que ele está desconfortável e ainda cheio de raiva, mas a temporada mostrou o que eu queria ver: evolução. Demora, mas a gente consegue ver a mudança do personagem, ele tentando seguir.

Das séries da Marvel do Netflix com certeza esta ficou entre minhas favoritas. O personagem, apesar de ULTRA violento – sim essa série é de embrulhar o estômago – me fez chorar. Enquanto ele apanhava, eu chorava. Frank consegue, mesmo com a violência toda, fazer a gente se identificar e gostar do personagem. Sentimos pena dele e até arrisco a dizer que dá pra sentir a dor que ele sente. Posso ter visto mais poesia nele do que em muitos personagens delicados? Posso, mas este personagem tá no meu coração.

E vocês, já viram? O que acharam?