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Princesa Mononoke (1997)

E continuamos nossa mês Miyazaki com a grande obra desse diretor.Hoje falaremos um pouco de “Mononoke Hime” (Princessa Mononoke ou Princess Mononoke)

Em tempos antigo, a terra era coberta por grandes florestas, onde bicho e homem viviam em harmonia. No entanto, com o passar dos tempos essas florestas começaram as ser destruídas, as que restaram eram protegidas por guardiões, que eram gigantescos animais, súditos do grande espírito da floresta. Seriam dias de deuses e demônios…

Como sempre, os filmes de Miyazaki nos preparam em relação ao que teremos pela frente. Dessa vez estaremos no num Japão feudal, onde os humanos idolatram esses deuses e convivem assim. No entanto, até o momento em que surge um violento Deus-Javali e, enfurecido, havia se tornado um Tatatri-gami, um ser amaldiçoado. Durante sua luta com ele, o personagem Ashitaka acaba se ferindo e sofre do mesmo mal que o ser, onde seu braço seria corroído até se expandir esse ferimento pelo corpo todo e, consequentemente, o matando.

Tendo essa previsão, a Ancião da aldeia descobre que o Deus-Javali tinha vindo das terras do Oeste. Ashitaka toma uma decisão e resolve ir para aquela região descobrir o que está acontecendo. Em sua viagem, ele acaba conhecendo San, a Princessa Mononoke. Uma garota que foi criada por lobos selvagens, os quais se tornaram sua família… A tal ponto, que sua raiva pelas devastações causadas por humanos, fazem esqueca-la que ela também é.

Ao chegarem nas terras do Oeste, Ashitaka descobre que existe um conflite entre os mineradores de uma vila, liderados por Lady Eboshi, contra os Deuses remanescentes daquele lugar. Lembro que muitos seres que aparecerem ao longo do filme, na época que assisti me deixaram perturbados. Haha. A tensão que se toma ao decorrer da trama e a demonstração de ódio de ambos os lados em relação a seus oponentes é algo que nos mostra um lado sombrio, que não apenas os homens podem ser maléficos, como seres soberbos também.

A animação produzida por Hayao Miyazaki foi consideravelmente premiada, sendo considerado um dos melhores animes, da década de 90, ao lado da série “Neon Genesis Evangelion“. Foi a primeira vez que Miyazaki utilizou computação gráfica em suas produções, sendo amante das técnicas tradicionais, aderei a esse recurso para desenvolver efeitos que a mão livre pudessem ficar muito artificais.

Princessa Mononoke foi o primeiro longa metragem que assisti de Hayao Miyazaki, e até hoje me impressiono com a qualidade gráfica do projeto e o modo que narrativa se desenvolve. É um filme violente, perto de seu outros trabalhos, onde vemos muitos duelos que literamente acabam com sangue jorrando. E no fundo, o que acompanhamos é o eterno conflito em ser humano e natureza e apenas o diretor consegue expressar isso de modo a nos fazermos pensar de um modo fantástico e único. Chegamos ao equilíbrio total da obra por conta da excepcional trilha de Joe Hisashi, parece de Miyazaki em muitas de suas produções.

Por hora é isso pessoal, bom final de semana para todos e boas animações!

Ateh!

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PROMOÇÃO – Hayao Miyazaki

Olha que legal! Nosso colaborador Wagner resolveu dar de presente pra uma pessoa do Chocottone um DVD do desenho “O Castelo Animado”! Pena eu não poder participar, mas vocês podem!

Pra concorrer ao DVD vocês terão que apenas preencher o formulário abaixo! Se você quer chance extra, tuite a frase abaixo e preencha novamente o formulário, lembrando de colocar o link da sua tuitada (um tweet a cada 24h).

“#PROMO – Eu quero entrar no Castelo do How com o Chocottone.com! http://migre.me/53Sgp #miyazaki #chocottone”

O resultado do sorteio sai dia 30/06 e será feito pelo Random.org. Vocês tem até dia 29 pra fazer isso hein, então CORRE! rs

PROMOÇÃO ENCERRADA

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Porco Rosso (1992)

Hora de falar de mais uma animação do Studio Ghibli para o Mês Miyazaki, aqui no Chocottone! Para hoje temos no cardápio, lombo com catupiry… digo: Porco Rosso (Kurenai no Buta).


A história se passa na década de 20, após os acontecimentos da 1ª Guerra mundial, no Mar Mediterrâneo, onde durante os créditos de abertura somos contextualizados do universo que estaremos imersos ao longo de, pouco mais de 1 hora e meia de animação. Nesse período, diversos hidro-aviões se destacam entre os transportes, dos quais são usados tanto por pilotos da aeronáutica, como por um grupo de “piratas do ar” o Mamma Aiuto.


Algo que sempre me chama atenção nas produções de Hayao Miyazaki são pequenos detalhes que fazem conhecermos detalhes da vida do personagem que não são contados explicitamente… Na sequência que inícia o filme, vemos uma pequena praia no interior de uma ilha, entre rochedos, na qual tem uma barraca, um hidro-avião vermelho e um sujeito dormindo na cadeira com os pés apoiados numa mesinha, como um refugio mesmo. Sobre essa estão uma garrafa de vinho pela metade, uma maçã comida, alguns cigarros… Demonstrando que o personagem que conheceremos é uma pessoa solitária, que está constantemente fumando e bebendo. E por que estou comentando disso? As vezes pro pessoal que se interessa – não necessariamente – por animação ou qualquer tipo de roterização, são esses tipos de detalhes que fazem diferença pro seu trabalho. Os livros de Syd Field são bastante indicados caso queriam se aprofundar nesse assunto.


Voltando a história do aviador… Descobrimos que nosso herói é uma espécie de caçador de recompensas. Por ser um Ás da aviação, recebe muitas vezes, ligação para enfretar os tais piratas em troca de pagamento. E após cada empreitada, ele faz uma visita no hotel em que sua amiga cantora Gina é proprietária, a qual é conhecida como “Rainha do Mar Adriático” e que muitos aviadores se apaixonam por ela. No entanto, apesar dos vícios de Marco, o Porco Rosso, ele é uma pessoa séria, educada, galanteador e considerado charmoso pelas mulheres do filme. Sendo alguém de poucas palavras, falando apenas quando realmente necessário.


Durante a passagem do Marco pelo hotel em que Gina canta, descobrimos que os piratas resolvem contratar o aviador americano Donald Curtis – que tem maior pinta de Clark Gable, de “E o Vento Levou…” (1939) – o qual se torna o rival de Rosso ao longo da trama. Nesse momento, também ficamos sabendo que Marco e Gina demonstram que já se conhecem a muito tempo, do mesmo modo que seu amigo mecânico Piccolo.


Ao passar por Milão, Marco conhece a neta de seu amigo Fio, a qual acaba consertando o avião dele e embarca nas aventuras ao lado no personagem suíno. Nessa sequência é percebido a visão machista de Porco Rosso, e o interessante fato de apenas as parentes mulheres de Piccolo trabalharem na oficina. A presença de Fio tem um papel importante por ela ser uma personagem que demonstra muito a pureza e inocência dos ser humano, fato que Marco comenta com a própria em certo momento.


A animação é baseanda no mangá Hikoutei Jidai – The Age of the Flying Boat, de autoria do próprio Miyazaki, e ele desenvolveu com o intuito de satisfação pessoal. O estilo de traços usados nos personagens que fazem alusão a vilões, lembram muito aos usados no longa-metragem “Lupin III: The Castle of Cagliostro” (1979) – produção realizada por Hayao antes de ingressar no Studios Ghibli.


Em agosto de 2010, numa entrevista de Hayao Miyazaki cedida a revista japonesa Cut, o diretor comentou que pretende realizar uma continuação dessa aventura, que caso venha a ser realizada será a primeira produção sequênciada do Studio Ghibli, além de ser um intervalo para as produções com protagonistas femininas, hehe.
Porco Rosso é uma filme que, mesmo havendo disputas com perseguições aéreas, se torna uma animação mais contida. Marco é um sujeito que devido a uma maldição tem esse aspecto de porco, o qual todos ao seu redor já estão acostumados, e ele, embora seja durão, acaba aprendendo sobre confiança e amizade por aqueles que gostam dele.

Por hora é isso pessoal.
Logo mais tem mais, ateh! o/