É hora da indicação semanal de desenho animado, aqui no Chocottone! Vamos, então, falar um pouco de “A Pequena Sereia” (The Little Mermaid).
Acabei assistindo apenas recentemente o 28º Clássico Disney, e chega a ser nostálgico ver os créditos na introdução, que ia aparecendo numa harmonia que lembrou-me muito “Em Busca do Vale Encantado”, para então apresentar o castelo do reino em que Ariel vivia. A sereia caçula do Rei Tritão, que tinha uma grande curiosidade em conhecer a superfície e os temíveis humanos. Dessa maneira, frequentemente, ela ia conversar com seu amigo pássaro Sabidão, sempre acompanhada do medroso Linguado, o qual era um tanto quanto atrapalhado, que dizia saber das coisas – e acreditava nisso – mas não era bem assim.
Contudo, esse tipo de curiosidade que a sereia tinha o rei não aprovava e tentava manter sua filha segura. Numa dessas idas ao seu esconderijo, onde guardava diversos souvenirs de coisas que ela desconhecia, acaba um dia seguindo um navio que passava. Porém, durante uma tempestade, o jovem Eric acaba caindo na água, e ela resolve salvar e se apaixona pelo príncipe. No entanto, quando Tritão fica sabendo disso, por Sebastião, ele destrói os tesouros de Ariel, o que acaba se tornando a chance perfeita para a bruxa do mar, Úrsula, ludibriar a jovem e tomar para si o tridente do rei.
A sereia vai se encontrar com a vilã, e faz o acordo para que seja humana por três dias, tempo para que o príncipe se apaixone e a beije, e assim ficaria nessa forma para sempre. Mas em troca, ele teve que entregar sua voz, para Úrsula. Porém, caso não conseguisse, seria prisioneira da bruxa para sempre.
“A Pequena Sereia” é um filme que retrata muito esse lado da adolescência, onde queremos seguir por nossos caminhos, uma visão mais romanceada desse amadurecimento que todos passamos. No final percebemos que nem sempre teremos controle de tudo ao nosso redor, tão pouco que correr atrás de nossos sonhos será algo fácil, mas amizades bem cultivadas nos ajudarão nos desafios da vida. Assistindo “Procurando Nemo”, depois, soa muita semelhança entre os personagens principais, visto que o pequeno peixe, também queria mostrar que já era capaz de nadar pelas próprias barbatanas, e seu pai não permitia isso.
Todavia, aquela coisa que sempre vale a pena assistir nas produções da Disney, tanto quanto o próprio filme animado, é os bastidores. É algo que vale a pena já na hora que você compra o DVD em olhar o que virão de Extras e sempre é um material muito bacana separado, que você tem que dedicar um tempinho a mais para usufruir. Dentre o materio adicional, tem o Making Of do processo realizado para apresentar a idéia do filme para os produtores, aonde chegaram com o storyboard filmado, os diálogos e músicas – mas ainda sem animação – e aquele tempo gasto, sendo recusado, e quase fazendo o projeto ser engavetado. Somente após algumas alterações – que foram para melhor – que foi levado adiante à realização do desenho animado. Além do fato de cenas como a da tempestade terem levado quase um ano para serem finalizadas, onde todas aquelas bolhas que assistimos foram feitas a mão.
Legal também é ver como se desenvolveram as idéias dos personagens, e aquela coisa que vilão, na maioria das vezes, segue por um caminho de maior liberdade de geração de idéias, por poderem ser das mais variadas formas, personalidades, a escolha de paleta de cores, e os espetaculares cenários, que ultimamente tem sido algo que tem me chamado muita atenção nas produções animadas.
Apesar de todas essas complicações, para ser dado o início de “A Pequena Sereia”, após seu lançamento veio o que os próprios produtores chamaram de Era de Ouro da Disney, a qual teve uma série de lançamentos posteriores, que continham esse novo espírito revigorado de produção, como os memoráveis “A Bela e a Fera”, “Aladdin” e “Rei Leão”.
“A Pequena Sereia” teve uma versão para Mega Drive, lançada em 1992, o qual era possível jogar com Ariel, ou seu pai Tritão. Contudo, aqui você controla mais os personagens para enfrentarem a Úrsula, sem menção ao príncipe. O filme também teve adaptações para Master System, Game Boy e NES (esse último que parece ser o mais fiel com a animação).
Versão para Mega Drive
“A Pequena Sereia”, ainda, ganhou os prêmios de “Melhor Canção Original” e “Melhor Trilha Sonora” na cerimônia do Oscar, em 1990. Além disso, teve dentre a equipe de dublagem brasileira as vozes de Zezé Motta (atriz e cantora) como Úrsula; Mario Monjardim (Pernalonga, em “Looney Tunes”) como Sabidão; Marisa Leal (Cintilante, em “She-Ra”) como Ariel; e o excepcional André Filho (Darkstorm em “Visionaries” e Christopher Reeve, nos filmes do “Superman” – na dublagem original) sendo o Sebastião.
O filme teve o lançamento da série animada, em 1992, que contou com 31 episódios, distribuídos em 3 temporadas, onde tivemos novos personagens tanto aliados de Ariel, como vilões para estragarem o dia e tentarem conquistar o reino do fundo do mar. Sua exibição original foi posterior a “DuckTales – Os Caçadores da Lei”, e na mesma época de “Darkwing Duck”, no Brasil foi exibida pelo SBT. Além da série, vieram mais tarde duas continuações, sendo “A Pequena Sereia II – Retorno para o Mar” (2000) e a prequel “A Pequena Sereia – A História de Ariel” (2008).
Por hora é isso. Bom domingo com início do horário de verão para todos.
Ateh _o/
Aaaaaiiii!!! O MELHOOOR de todos os tempos!! Acho q eu vi todos os dias, durante muito tempo!! Vício era pouco!! Gostei bastante do post, mas encontrei alguns errinhos ._. o nome da gaivota é Sabidão e o filme 2, é “Retorno Para O Mar”… Espero ter ajudado… Não fique brava, é q eu gosto DEMAIS, pra não corrigir…
Beijocas.
Camii.
@Camila Lourenço, Olá! Engraçado que no paragráfo da dublagem estava escrito Sabidão, hehe. E o “Regresso” acho que é o título em Portugal, devo ter confundido durante a pesquisa. Hehe! E imagina, ficamos felizes que tenha curtido o post.
_o/