Categorias: Resenhas

Cavalo de Guerra + Bela e a Fera 3D

Cavalo de Guerra [rating:4/5] “Ted Narracot (Peter Mullan) é um camponês destemido e ex-herói de guerra. Com problemas de saúde e bebedeiras, batalha junto com a esposa Rose (Emily Watson) e o filho Albert (Jeremy Irvine) para sobreviver numa fazenda alugada, propriedade de um milionário sem escrúpulos (David Tewlis). Cansado da arrogância do senhorio, decide enfrentá-lo em um leilão e acaba comprando um cavalo inadequado para os serviços de aragem nas suas terras. O que ele não sabia era que seu filho estabeleceria com o animal um conexão jamais imaginada. Batizado de Joey pelo jovem, os dois começam seus treinamentos e desenvolvem aptidões, mas a 1ª Guerra Mundial chegou e a cavalaria britânica o leva embora, sem que Albert possa se alistar por não ter idade suficiente. Já nos campos de batalha e durante anos, Joey mostra toda a sua força e determinação, passando por diversas situações de perigo e donos diferentes, mas o destino reservava para ele um final surpreendente.”

Quando descobri que o filme seria a história de um cavalo, não acreditei que fosse gostar do filme, mas ele consegue ser encantador. Uma linda história de amizade, lealdade e força. Mas como está no Oscar, eu juro que não está entre minhas apostas para o vencedor, apesar de um filme gostoso de se assistir, eu acho que ele se encaixa muito na Sessão da Tarde.

Bela e a Fera 3D [rating:4/5] “Em uma pequena aldeia da França vive Belle, uma jovem inteligente que é considerada estranha pelo moradores da localidade, e seu pai, Maurice, um inventor que é visto como um louco. Ela é cortejada por Gaston, que quer casar com ela. Mas apesar de todas as jovens do lugarejo o acharem um homem bonito, Belle não o suporta, pois vê nele uma pessoa primitiva e convencida. Quando o pai de Belle vai para uma feira demonstrar sua nova invenção, ele acaba se perdendo na floresta e é atacado por lobos. Desesperado, Maurice procura abrigo em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro da Fera, o senhor do castelo, que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando negou abrigo a ela.

Quando Belle sente que algo aconteceu ao seu pai vai à sua procura. Ela chega ao castelo e lá faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse libertado ela ficaria no castelo para sempre. A Fera concorda e todos os “moradores” do castelo, que lá vivem e também foram transformados em objetos falantes, sentem que esta pode ser a chance do feitiço ser quebrado. Mas isto só acontecerá se a Fera amar alguém e esta pessoa retribuir o seu amor, sendo que isto tem de ser rápido, pois quando a última pétala de uma rosa encantada cair o feitiço não poderá ser mais desfeito.”

Depois de anos assistindo este desenho, eu tinha que ver em 3D! Era questão de honra, depois de ter perdido “O Rei Leão”, eu tinha a missão de assistir um dos meus desenhos prediletos. Fui assistir sozinha em uma sala repleta de pais e filhos e por alguns minutos eu fui criança de novo. O 3D foi divertido, mas como o filme é uma animação 2D, e não digital como “Procurando Nemo”, algumas partes me faziam lembrar um pop-up book. Mas a cena de “Be Your Guest” e a dança foram lindas demais! Valeu a pena ter ido ao cinema correndo pra conferir esse clássico.

Sinopses por Cinema com Rapadura

Categorias: Resenhas

O Segredo de Kells (2009)

Para a recomendação dessa semana, falaremos de desse filme que a tempos estava querendo assistir. Então, aqui no Chocottone, vamos comentar um pouco do longa metragem animado “O Segredo de Kells” (The Secret of Kells).


Desde a primeira vez que vi o trailer, tive vontade de assisti-lo, e noutro dia tive a oportunidade e achei que seria legal compartilhar com o pessoal. Na história conhecemos o pequeno Brendan, que ajuda no vilarejo de Kells em que viveu sempre. Devido a isso, ele tem muita curiosidade em conhecer o mundo “lá fora”, porém seu tio, o abedo Cellach, impedo sua saída, além dos muros, devido aos perigos existentes.


Percebemos que a preocupação obsessiva do abedo Cellach, com a construção de um poderoso muro ao redor da vila, para sua proteção contra os Vikings do norte que vem devastando todos os lugares que passam. Contudo, essa atitude por parte do tio de Brendan, acaba sendo um tanto ofuscante para ele perceber como segue a vida do garoto. Este que gostaria de ajudar mais com a produção do livro que contaria a história do lugar.



Um certo dia, o lendário mestre de ilustração, irmão Aidan chega na vila, após a ilha de Iona, onde vivia, ser dizimada pelo ataque dos Vikings. O pequeno Brendan fica curioso pra saber detalhes do livro que ele escrevia, e se torna muito amigo, de velho desenhista. Este, por sua vez, acaba influenciando muito nas decisões do garoto, e algumas mesmo indo contra as vontade das de seu tio.


Numa dessas ocasiões, irmão Aidan pede que Brendan consiga umas sementes para fazer a cor de uma tinta, e só indo além dos muros, na floresta ele as conseguiria. Ele acaba sendo acompanhado pelo gato do desenhista, Pangur Ban. Porém, os dois acabam se perdendo na floresta, e são atacados por uma alcatéia, que no último instante, para o confronto quando chega um lobo branco.



Aidan e Pangur, conhecem a jovem Aisling que vive na floresta, e ela acaba ajudando-os a encontrar as sementes de que precisam. A sequência da árvore de carvalho é bem bacana, do mesmo modo que ao chegarem ao topo e verem as copas das árvores e a vila com o muro em construção. No entanto, na hora de ir embora, Brendan, curioso, acaba pegando outro caminho e encontra a entrada da caverna de Crom Cruach, um terrível deus pagão, onde só existe escuridão. Felizmente, Aisling consegue salvar o garoto antes que algo de pior acontecesse.




Porém, com o passar dos dias, o abedo acaba descobrindo que Brendan seguia para a floresta, passava tempo demais no monasterio e ajudando de menos na construção do muro. Até que chega a ficar preso em seu quarto, mas com ajuda de Aisling e Pangur, consegue se libertar e dessa maneira continua ajudando a ilustrar o livro, com o irmão Aidan.




Numa das idas a floresta, Brendan decide ir até a caverna de Crom para conseguir um cristal que pode ajuda-lo nas ilustrações. É uma sequência sensacional, não apenas na arte, mas na maneira surreal de representarem o deus, como o garoto tem que agir pra enfrenta-lo, e para aqueles que tiveram aquele celular Nokia, da década passada, se indentificarão bastante.



Apesar dos avisos de Aidan, Cellach mantém-se irredutível enquanto ao plano de construir o muro, acreditanto ser a melhor forma de se defenderem dos Vikings. Infelizmente, durante o ataque, antes do que o abedo esperava, acaba sendo inútil, e vemos a vila de Kells ser dizimada. E ao mesmo tempo, vemos que o o pretencionismo do tio de Bredan, foi a principal causa do massacre. O irmão Aidan, Brendan e Pangur conseguem escapar, mas a que custo?



A cena de abertura já é um detalhe a parte quando se vai assistir. O estilo de ilustração usado saí um pouco do que estamos acostumados a assistir, pois é um traço que ao mesmo tempo sendo simples, traduz muito do que tem que ser expresso. As vezes temos a ilusão de que fazer um desenho mais simplificado pode ser mais fácil, no entanto, ele deve possuir grande essência para ele representar o que desejamos. No caso, isso pode ser a própria característica do trabalho, algo que comento bastante nas Oficinas que ministro, pois pensamos em fazer sempre algo parecido com o que já existe, mas esse diferencial pode acabar sendo o principal destaque numa produção.


“O Segredo de Kells”,  foi uma produção em parceria entre Bélgica, Irlanda e França, que me agradou bastante. Além do grande trabalho em animação 2D, o posicionamente das cameras me lembrou muito jogos de vídeo-game de visão lateral (sidescrolling), a própria movimentação dos personagens nos cenários mostram isso. Esse estilo usado me lembrou a produção animada seriada Wakfu, que também é muito bacana. É bem interessante observar também nos diálogos, entre os personagens a maneira que se referem a lugares, que me soou muito com um ar de RPG, por sua vez: “Iona é muito longe, no mar. Onde qualquer ilha deveria estar”.






Se tiverem a oportunidade de assistir, poderão apreciar também a linda trilha sonora com um ar de música celta, acredito que apreciarão bastante. O filme recebeu diversos prêmios e indicações, dentre elas para “Melhor Animação” no Oscar. Por hora ficamos por aqui.


Bom final de semana para todos.
Ateh!

Categorias: Vida Real

Um breve intervalo

Olá amiguinhos e amiguinhas!

Venho comunicar uma breve pausa aqui no Chocottone, por minha parte. O Gi e o Wagner vão continuar postando e o Gabriel ainda está de férias.

Mas calma calma, é tudo por um bom motivo: arrumei um novo emprego! E além de ter toda a bagunça de quando se troca de emprego, ele é em outra cidade, portanto estou mudando de casa também! Então enquanto me estabeleço em uma nova cidade, que é bem maior, melhor, mas que está me dando dor de cabeça com imobiliárias, não tenho internet e por isso não tenho como postar por aqui. Mas logo eu volto. Sejam compreensivos.

Categorias: Resenhas

Chico & Rita (2010)

Aproveitando que essa semana foi divulgado os concorrentes ao Oscar desse ano, iremos aproveitar para comentar um dos concorrentes na categoria “Melhor Animação”, a co-produção entre Espanha e Reino Unido: “Chico & Rita”.


A época é Havana de 1948, e estamos numa uma noite de muito boêmia. Ao ir a um bar com seu amigo Ramon, acompanhados de duas americanas, Chico conhece a cantora Rita, que se apresentava naquele instante. Naquele mesmo momento, percebemos que não apenas a voz extraodinária dela que encanta o rapaz. Porém, ela acaba indo embora com um gringo para outra casa noturna, a Tropicana.
Lá, ficam sabendo que devido a um acidente, o pianista que iria se apresentar não pode ir, então Chico acaba tendo que tocar piano ao lado de Woody Herman and Four Brothers Band. Desse modo, chamando, então, a atenção de Rita, que apesar dos olhares, não estava dando bola ao rapaz. Ao saírem da clube, ela acaba pegando carona com a turma de farristas.




Ramon deixa o casal, recem conhecido, em outro bar que Chico aparenta frenquentar para tocar piano, começa a se aproximar mais da cantora, até que tarde da noite seguem para a casa dele, passando juntos.


Na manha seguinte, aparece Juanna, uma das namoradas de Chico, que causa grande tumulto. Lógico, que Rita vai embora e não quer ver mais o pianista nem pintado de ouro. Mas bem sabemos que não é assim que acaba… Chico comenta com Ramon – que é seu agente, também – que ela pode ser a cantora que precisam para ganhar um concurso da rádio local, RHC Cadena Azul. Apesar dos desentimentos, Ramon intervém e convence Rita a participar. Dito e feito, todos ficam impressionados e vencem.



Durante uma das apresentações da dupla, um americano começa a falar com Rita sobre uma proposta de leva-la para os Estados Unidos, porém ela recusa assinar o contrato por não ter o nome do Chico. Quando ela vai falar com ele sobre isso, já embriagado, o pianista, em meio a uma crise de ciúmes, discute com ela e vai embora sozinho. A cantora até persiste que só iria embora se ele fosse junto, mas uma série de contratempos acontecem, e o expectador fica sendo cúmplice de como as coisas poderiam ter sido diferente.


No dia seguinte, Rita embarca para os Estados Unidos, deixando Chico e suas lembranças para trás. Apesar de ser tido para ele nunca mais procura-la, a dupla de amigos vende o piano, junta dinheiro e vai rumo a terra da Estátua de Liberdade, onde todos tem oportunidade. A essa altura, Rita, se encontra com sua carreira ascendente e Chico, apesar de tudo, ainda ama a cantora, tenta seguir adiante como pianista também. Infelizmente, devido a uma trapaça dos agentes de ambos, eles acabam se separando, sobrando a Chico ser deportado pra Cuba.



Num primeiro momento não me interessei tanto por esse filme, mas ao final é um bonito romance, e sua narrativa em forma de lembranças é algo que me agradou bastante. A produção “Chico & Rita” mostra muito mais do que uma busca atrás do amor de sua vida, e como as pessoas são em diversas ocasiões. Em meio a imprevistos, conclusões precipitadas e valores. Ao mesmo tempo que mostra o povo latino, sempre feliz, apesar das adversidade, há também uma crítica com a presença deles nos Estados Unidos.


A produção, em rotoscopia, de Javier Mariscal e Fernando Trueba, tem não apenas uma narrativa envolvente, como a própria arte é um capítulo a parte. Enquanto vemos personagens que se movem com tanta suavidade, temos belos cenários desenhados, e valorizando muito o traço do ilustrador, algo que gosto muito nas produções 2D. Da mesma maneira, que os enquadramentos, o movimento de câmera, os objetos se deslocando para passar a sensação de profundidade, vemos muito uso do Toonboom nessas sequências. A cena do acidente de carro, ainda no começo, é linda de se ver e imaginar como foi produzida.




A trilha sonora é um capítulo a parte, algo que sempre que ouço sinto (ainda mais) vontade de conhecer os países da América Central. Dá até vontade de correr atrás dos anos perdidos e voltar a tocar piano, hehe. Produzida por Bebo Valdés (do Buena Vista Social Club), é algo que não se pode deixar de ser comentado, visto que o filme gira em torno das canções, além das participações de diversos músicos como Charlie Parker e Chano Pozo.



Recomendo, para quem quiser acompanhar os indicados esse filme, pois após assisti-lo achei bem justo estar concorrendo, e foi uma grande surpresa não ter visto entre os indicados, os filmes: “As Aventuras de TinTin” e “Rio”, como sempre mantenho minhas dúvidas em relação aos critérios da acadêmia. Mas por hora é isso.


Bom final de semana para todos.
Ateh!