
Não sei bem quando foi que isso aconteceu, se foi quando mudei de escola, quando separaram as classes ou quando mudei de cidade, mas ao longo do meu caminho muitas amizades foram ficando para trás. Não que elas fossem ruins, longe disso! Em cada época elas foram essenciais para eu me tornar quem eu sou hoje. Acontece que conforme elas foram indo para um lado e eu para o outro, meu coração sempre ficou apertado.
Eu sou dessas que tenta ser presente sempre, mando parabéns, cartas, mensagens longas e que gosta de saber do seu dia, da sua vida. Porém quando a distância acontece, as diferenças crescem e o diálogo começa a se perder, é aí que tudo começa a mudar. Eu não digo que esta mudança é ruim, mudar sempre é bom, mas eu sou apegada aos meus amigos, apesar da ansiedade as vezes me separar deles. Aliás, esta ansiedade é a responsável por eu ficar pensando sempre “onde eu errei”, “porque me separei deles” e o pior “certeza que eles me odeiam”. É aí que minha razão tenta me explicar: não é sua culpa.
Depois de muito refletir eu entendi que chega um momento que você tem que deixá-los ir, você não faz mais parte deles e eles não fazem parte de você. Acontece com todo mundo, é daquelas coisas que vêm quando a gente fica adulto e se transforma, o mundo gira e com ele as pessoas tomam rumos diferentes, como barcos num oceano, cada vez eles se distanciam mais.
Aprenda a dizer até logo, aproveite cada instante com eles, ria junto, ligue, marque um dia de suco de tarde, pois um dia pode ser que eles se transformem e estejam longe de você, mas saiba que apensar da distância, vai ser só vocês se esbarrarem por ai para que todos os momentos bons aparecerem de novo e seu coração se encha de luz novamente, porque quem a gente gosta, sempre continua no nosso coração.