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Viagem: Onde comer em Edimburgo – Escócia

Lugares pra se comer em Edimburgo, para vários bolsos

Quando eu e o noivo viajamos, raramente saímos comendo por restaurantes caros. A gente escolhe as opções mais em conta – às vezes até demais – mas gostamos de experimentar algumas coisas diferentes algumas vezes, e claro que em Edimburgo a gente não ia deixar algumas coisas passarem. Nos restaurantes abaixo as refeições saem entre £6 e £15.

Bread Meats Bread

Bread Meats Bread - Comer em Edimburgo

No dia que cheguei o noivo me levou neste restaurante de hamburguers deliciosos! O tamanho do lanche era bem bacana, nada exagerado – eu acho que comi inteiro – e estava delicioso! Tinha opções vegetarianas também e o atendimento foi super legal.

Onde fica?
92 Lothian Rd, Edinburgh EH3 9BE

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Hard Rock Cafe

Comer em Edimburgo - Hard Rock Cafe

A gente que não está acostumado e só ouve histórias, sempre teve vontade de conhecer um Hard Rock Cafe. É gente que viaja e sempre conta do lugar, então resolvemos matar a curiosidade!

Não esperávamos nada mais que boa música ambiente – rock né? – e uma decoração bacana, cheio de CDs, guitarras e roupas autografadas de artistas famosos, e isso a gente teve. A comida estava boa, pedimos um bom e velho hambúrguer da casa, mas posso dizer? Do Bread Meats Bread estava mais gostoso e o preço era melhor.

Onde fica?
20 George St

The Elephant House

The Elephant House

Como uma fã de Harry Potter vai para Edimburgo, terra que inspirou tudo que vem dos livros, e não vai no lugar onde J.K.Rowling em pessoa se sentava para escrever páginas e páginas dos livros mais maravilhosos de todos os tempos? Não tem como.

O lugar é bem aconchegante, cheio de referências indianas e, claro, elefantes. Achei bem legal eles manterem o restaurante com as características originais, sem transformar em algo Pottermaníaco. O máximo que se encontra lá é um painel numa parede com recortes e matérias dedicadas a J.K.Rowling.

No The Elephant House você pode aproveitar e experimentar o prato típico da Escócia, o Haggis, Neeps and Tatties. Haggis é tipo uma carne moída de miúdos (órgãos internos), Neeps são nabos e tatties são batatas. Os vegetais vêm parecendo um purê e você pode se considerar um escocês depois dele, se você tiver coragem.

Onde fica?
21 George IV Bridge

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OINK


Indicação do noivo pra quem adora carne suína. No Oink você pode escolher tamanho do pão e o recheio, porco é o padrão claro – aliás o bicho fica inteiro na frente da vitrine da loja – mas você pode arriscar até um haggis no seu lanche.

Onde fica?
34 Victoria St

Pizzeria 1926

Pizzeria 1926

Outra que o noivo trouxe pra complementar o post. Pizza italiana, de Napoli, na Escócia sim senhor! Ele disse que é diferente de todas as pizzas daqui do Brasil e é uma delícia!

Onde fica?
85 Dalry Rd

The Last Drop

The Last Drop

Diz a história que os condenados que seriam mortos na praça do Grassmarket tinham o direito a uma última gota (Last Drop) de cerveja neste pub super tradicional da cidade. A decoração é toda cheia de imagens antigas de Edimburgo, já que o bar está no mesmo lugar desde 1873. Um lugar muito legal pra se entrar nem que seja para beber um pint – se você beber.

Onde fica?
74-78 Grassmarket

DICA EXTRA

Agora, você quer economizar? Tá achando que £8 libras tá caro pra almoçar todo dia? E é mesmo. Então se joga na dica que eu vou dar aqui pra você se alimentar baratinho numa viagem econômica: meal deal.

O meal deal é um combo que você compra no supermercado – a maioria deles oferece – que consiste em um lanche (natural, wrap, baguete), uma bebida (suco,refrigerante,chá) e uma sobremesa (chocolate, frutinha, balas). Você compra esse combo por £3. Isso mesmo, três libretinhas. É super baratinho, mas acho que no final de uma semana toda você já estará pedindo por um bom prato de comida.

Categorias: Resenhas, Séries

Assistir: The Handmaid’s Tale – 1ª (2017)

A distopia impressionante de The Handmaid’s Tale

Qual a história?

“Em um futuro próximo, as taxas de fertilidade caem em todo o mundo por conta da poluição e de doenças sexualmente transmissíveis. Em meio ao caos, o governo totalitário da República de Gileade, uma teonomia cristã, domina o que um dia foi o território dos Estados Unidos, em meio a uma guerra civil ainda em curso.A sociedade é organizada por líderes sedentos por poder ao longo de um regime novo, militarizado, hierárquico e fanático, com novas castas sociais, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, possuir propriedades, controlar dinheiro ou até mesmo ler. A infertilidade mundial resultou no recrutamento das poucas mulheres fecundas remanescentes em Gileade, chamadas de “servas” (Handmaid), de acordo com uma interpretação extremista dos contos bíblicos. Elas são designadas para as casas da elite governante, onde devem se submeter a estupros ritualizados com seus mestres masculinos para engravidar e ter filhos para aqueles homens e suas respectivas esposas.”

Leia também: Anne with an E, a série mais fofa de todos os tempos.

Madeline BrewerMadeline Brewer, maravilhosa.

O Conto da Aia

A série foi feita com base no livro da canadense Margaret Atwood, publicado em 1985. Ganhou prêmios, como o Prêmio Arthur C. Clarke em 1987, foi nomeado para outros e já foi um filme e uma ópera.

Alexis BledelAlexis Bledel

O que achei?

Quando ouvi falar deste série eu fiquei muito receosa em assistir, pois morro de medo de filmes de terror, e a fotografia da série juntamente com os comentários que eu ouvia me embasavam para achar que se tratava de uma série cheia de sustos e medos. Eu não estava errada, mas bastou assistir o primeiro episódio para entender que o terror estava em outra coisa. Não no sangue, pedaços amputados ou mortes, mas no terror psicológico que a personagem principal e as outras aias sofrem.

Não sei se homens conseguem assistir The Handmaid’s Tale e sentir todo o terror que uma mulher sente. Pensar em tanta regressão depois de tão recentes vitórias dá nojo, asco, medo, um nervoso que brota episódio a episódio. Acompanhamos por meio de flashbacks como as mulheres foram gradativamente perdendo suas conquistas e como tudo foi mudando ao pouco enquanto todos se calavam. Talvez o que mais assusta na série é pensar que o que está ali é possível.

Yvonne StrzechowskiYvonne Strzechowski

As atuações são esplêndidas, e não por acaso a série ganhou o Globo de Ouro de Melhor Série Dramática em 2018 e Melhor Atriz para Elisabeth Moss, que dá um show na pele de June. Ela consegue passar apenas com os olhos a linha tênue entre a insanidade e a raiva que a personagem apresenta, sempre a um passo de perder o controle.

Com personagens complexas, cheias de nuances e fortes, cada uma de seu jeito, The Handmaid’s Tale fala sobre as bençãos e os dramas de ser mulher, e principalmente sobre sororidade. Atrizes maravilhosas fazem parte do elenco como: Yvonne Strzechowski (Serena), Alexis Bledel (Ofglen), Samira Wiley (Moira) e Ann Dowd (Tia Lydia).

General de costas e uma multidão de homens sentados.O patriarcado

Outras características que dão um show a parte são fotografia e trilha sonora. Com músicas conhecidas e letras se encaixando perfeitamente com os acontecimentos, tomadas maravilhosas e cores que dão o tom para as cenas, a série é um prato cheio para quem gosta de cinema.

Se você assistiu a primeira temporada, indico fortemente o podcast sobre a série gravado pelas maravilhosas mulheres do Mamilos. Elas conversam n~;ao somente sobre a série, mas sobre os acontecimentos distópicos. Você pode acabar o podcast concordando com o comandante de Gileade. É só clicar aqui ou então ouvir no seu Spotify.

Se você ainda não assistiu. Pare tudo que está fazendo e entenda porque esta série está sendo tão comentada.
A segunda temporada está quase no fim e logo devo falar dela por aqui.

Categorias: Vida Real

Os trinta

Eu segurando uma bicicleta com Invalides e árvores ao fundo

Minha psicóloga – maravilhosa – repete sessão ou outra a seguinte frase: “sempre que você estiver em contato com quem você realmente é, você vai estar bem”. Acho que nunca uma frase fez tanto sentido pra mim quanto neste último ano. Acontece que é difícil estar em contato com quem realmente somos, pois pra isso acontecer temos que saber quem somos.

Filosofias à parte, este último ano foi o ano de acertar alguns ponteiros. Vai ver tem a ver com a parte que a psicóloga também diz: que os 30 anos são a porta de entrada para a primeira maturidade. Viajei, tive momentos incríveis com meu irmão, que estão guardados com o maior carinho do mundo na minha memória, conheci a Disney Paris, me senti em filmes medievais na Escócia, fiquei 2 meses longe do noivo trabalhando que nem doida, apesar de sentir medo, voltei para o mercado de trabalho, achei um lugar que eu finalmente me senti confortável e estou experimentando uma paz que há tempos não sentia. Conheci pessoas incríveis, passei por momentos bem malucos e cheguei aos trinta.

Aos trinta eu percebo tanta coisa. Parece que o mundo tem mais clareza, me entendo melhor no mundo, meus gostos, sonhos, preocupações. Algumas coisas já ganharam um foda-se bem gigante e com isso alguns pesos saíram das costas e como é bom se livrar de algumas coisas.

Hoje sinto meu coraçãozinho cheio de amor, como quando andava de bicicleta com meu irmão às margens do Sena com um pôr-do-Sol lindo, o vento batendo no meu rosto e chacoalhando meus cabelos. Estava um clima delicioso, nem calor, nem frio. As pessoas compravam cafés e se sentavam pra ver a luz do sol refletindo nas águas do rio. Um cheiro de café e crepe estava no ar. Meu coração se encheu de alegria. Lágrimas me vieram aos olhos e eu tive a experiência do que se chamam sentir-se plena.

Atualmente este sentimento se repete com frequência e eu não preciso estar lá pra sentir isso, apenas preciso estar em um lugar calmo, talvez uma música boa rolando ao fundo e uma bela paisagem ao alcance dos olhos. Pode ser a luz do nascer ou do dormir do sol – minhas iluminações preferidas. Acho que é isso que chamam de Carpe Diem.

Aos poucos a ansiedade vai sendo controlada e o um dia de cada vez aparece mais presente na minha vida. Coisas que só o tempo pode te trazer.

Não trocaria meus 30 pelos meus 15. Sou muito melhor como pessoa hoje, sou mais saudável, tenho capacidade de correr atrás de meus sonhos (e de correr também porque nos 15 era bem terrível nisso), tenho menos vergonha e me preocupo muito menos com que os outros vão pensar, o tempo amigos, ele é o verdadeiro mestre.

Categorias: Ilustrações

Sketchbook Mochileiro – Mulheres desenhando pelo Brasil

Mulheres desenhando pelo Brasil

Capa escrita Sketchbook Mochileiro com mapa da América do Sul atrás

O Projeto

A Isabella, uma mulher maravilhosa, focada, dedicada a estudar desenho como ninguém, convidou algumas ilustradoras para fazer pate deste projeto lindo e cheio de diversidade chamado Sketchbook Mochileiro, que consiste em um sketchbook viajando por todo país, passando pela mão de mulheres maravilhosas – e olha que sorte eu no meio! – para ilustrarem sobre o tema mulheres do Brasil.

Leia também: Meu sketchbook no Inktober 2017

O Processo

Queria fazer algo bem delicado, então comecei a pensar pelas thumbnails, que são rascunhos pequenininhos feitos rapidamente para saber se o movimento e a composição do desenho vão ficar bacanas. Ali eu já defino que posição eu quero as pessoas e como elas vão ficar dispostas.

Thumbnail, um rascunho bem tosco do desenho que será de três mulheres de mãos dadas
Thumbnail para começar a ideia

Depois passo para uma folha maior e já faço o desenho como quero que ele fique. Olho em algumas referências, se vejo que preciso, (pode ser foto ou outra ilustração de alguém por exemplo) se precisar resolver algum problema. Esta é a parte de dar a forma do desenho. Depois de pronto, uso uma folha de papel manteiga com grafite para passar tudo para o sketchbook.

Mesa com os rascunhos do desenho, o caderno com o desenho mais bem elaborado e ele já transpassado para o sketchbook

Depois passo para finalização. Neste caso escolhi aquarela – usei Winsor & Newton e Pestilento – lápis grafite e lápis de cor (Faber). Para o pontilhismo usei as Micron Sakura. Aproveitei a oportunidade e usei meus pincéis com reservatório de água que comprei ano passado.

Zoom em detalhes de uma das mulheres desenhadas. Aquarela, lápis de cor e pontilhismo

Desenho do sketchbook finalizado - três mulheres diferentes de mãos dadas em uma dançaDesenho finalizado

No final ficou super delicado e mostrou a parceria e a diversidade que eu queria passar entre mulheres. O que acharam?

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